Dèjá vu...
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Contrasta com a posição governamental que ao elaborar o OE 2011 crê que somos capazes de resolver a nossa situação com os próprios meios, num quadro de rigor e exigência.
Mas o aproveitamento [comportamento] dos mercados perante uma situação de debilidade económica e financeira dos Países periféricos da UE podem precipitar a evolução orçamental e da dívida pública portuguesa - repetidamente afirmada como diferente da Grécia e da Irlanda - para situações incomportáveis de financiamento no exterior. Nem haverá tempo para testar o actual Orçamento.
De seguida, esses mesmos "senhores" que a todo o momento predestinam o futuro aparecerão, na primeira linha, a acusar o Governo de rendição, capitulação, etc.
Depois, virá o pudor democrático e os políticos - o PSD em particular - a levantarem a bandeira de que estamos a ser governados por burocratas - BCE e FMI - não eleitos.
Acusarão o Governo de ter perdido a legitimidade e a credibilidade democrática por se ter "rendido" ao Mundo financeiro...
Este cenário não é imaginário.
Será, antes, uma cópia do que se está a passar, já hoje, na Irlanda. lemonde
A única diferença é que as eleições portuguesas - por imperativos constitucionais - terão de ser adiadas lá para a Primavera. Altura em que florescem campos e, esperemos, as ideias.
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