Portugal, a crise e a direita
A competição, tal como a alternância, fazem parte da dialéctica política das democracias e os fracassos do Governo, qualquer que ele seja, não podem deixar de ser aproveitados pela oposição. Mas talvez não valha tudo.
Honesto seria, por cada medida errada, explicar qual era a alternativa; por cada atitude tomada, propor a certa; por cada indecisão justificar a resolução a tomar. O que não se afigura correcto é a montagem de uma inquisição que remete para o carácter as críticas que são legítimas e obrigatórias em democracia.
Não se pode, perante um governante que se esforça por transmitir alento à economia e tranquilidade aos investidores, dizer que está a mentir, que as metas não são exequíveis, que há má fé nas afirmações.
Não se pode odiar a Constituição que se jura respeitar e fazer respeitar para a trair e lhe conferir um carácter conjuntural e, muito menos, rejubilar quando os vários organismos estrangeiros têm uma visão mais pessimista sobre Portugal.
Julgar a actual situação económica e financeira, sem ter em conta a crise internacional que se abateu sobre o mundo, e, particularmente, sobre a Europa, é um acto gratuito de chicana política para a luta partidária com consequências nos mercados internacionais.
Há uma direita de rosto humano a deixar envolver-se pela herdeira do salazarismo, uma direita troglodita que pretende exonerar o Estado da sua função social para o colocar ao serviço dos interesses particulares como mero instrumento de repressão sobre as classes mais desfavorecidas.
É o regresso da direita de sempre, a rodopiar na volúpia de um Presidente, uma maioria e um Governo, uma direita que saberá repartir os sacrifícios pelos mais desfavorecidos, que privatizará todos os lucros e nacionalizará os prejuízos. É a direita que prefere a democracia à ditadura a menos que perca o poder.
Portugal tem uma direita que prefere perder o País a perder o Governo.
Honesto seria, por cada medida errada, explicar qual era a alternativa; por cada atitude tomada, propor a certa; por cada indecisão justificar a resolução a tomar. O que não se afigura correcto é a montagem de uma inquisição que remete para o carácter as críticas que são legítimas e obrigatórias em democracia.
Não se pode, perante um governante que se esforça por transmitir alento à economia e tranquilidade aos investidores, dizer que está a mentir, que as metas não são exequíveis, que há má fé nas afirmações.
Não se pode odiar a Constituição que se jura respeitar e fazer respeitar para a trair e lhe conferir um carácter conjuntural e, muito menos, rejubilar quando os vários organismos estrangeiros têm uma visão mais pessimista sobre Portugal.
Julgar a actual situação económica e financeira, sem ter em conta a crise internacional que se abateu sobre o mundo, e, particularmente, sobre a Europa, é um acto gratuito de chicana política para a luta partidária com consequências nos mercados internacionais.
Há uma direita de rosto humano a deixar envolver-se pela herdeira do salazarismo, uma direita troglodita que pretende exonerar o Estado da sua função social para o colocar ao serviço dos interesses particulares como mero instrumento de repressão sobre as classes mais desfavorecidas.
É o regresso da direita de sempre, a rodopiar na volúpia de um Presidente, uma maioria e um Governo, uma direita que saberá repartir os sacrifícios pelos mais desfavorecidos, que privatizará todos os lucros e nacionalizará os prejuízos. É a direita que prefere a democracia à ditadura a menos que perca o poder.
Portugal tem uma direita que prefere perder o País a perder o Governo.
Comentários
Parece-me que é para o enriquecimento. Logo o q se precisa é de uma esquerda moderna q distribua o riqueza feita. A minha esquerda redistribui, liberta e mantém a igualdade de oportunidades, não acalenta a luta de classes.
Deve conhecer mal o meu pensamento, a avaliar pelo seu comentário.
De qualquer modo tem direito a ele e não devo comentar os comentários.
Obrigado pela colaboração.
Sabemos, agora, que esse enigma era uma forma de lançar avisos à navegação, executar roteiros como se fosse um peregrino, “inventar” escutas...etc.
De maneira que, os portugueses mostram alguma incredibilidade com a sua factícia e espantosa interrogação:
- "Em que situação estaria o país sem os meus alertas?"
- Provavelmente, na mesma!
E, penso assim porque, ao escolher para o segundo mandato um outro mote - também vago e indefinido – a tal "presidência activa" é porque perdeu a fé [o candidato é um homem de crenças e tabus] na "cooperação estratégica".
Será assim?