LUÍS AMADO [II]

" A hipótese de o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, substituir o primeiro-ministro, José Sócrates, numa estratégia de alternância de liderança do Governo interna ao PS, foi ponderada há uns meses, quando esteve em discussão e foi aprovado o primeiro PEC, em Maio. Mas a maioria dos dirigentes socialistas, incluindo do sector soarista, contactados pelo PÚBLICO, são unânimes em afirmar que o nome de Luís Amado não está neste momento em cima da mesa ..." publico

Surgem a público os primeiros indícios para a necessária compreensão do conteúdo político da entrevista do Ministro dos Negócios Estrangeiros, sábado, ao semanário "Expresso".
E, ainda, para o indispensável enquadramento sobre a oportunidade da sua entrevista.
Será que Luís Amado não se apercebeu que, neste preciso momento, o Parlamento está na fase final da discussão o OE para 2011?

Luís Amado retrata de modo patético a desagregação de um governo que se sentirá ultrapassado pelos acontecimentos. Cito: "É preciso ser sério e perceber que esta crise está para lá de nós"... expresso - [para ou para além?];

Um Ministro de Estado necessita de bombardear, deste modo, a colegialidade funcional e a coesão política do Governo?

Ou o Governo já entrou em auto-gestão?

Será que os contactos internacionais de Luís Amado - inerentes ao cargo que ocupa - fazem conjecturar outros cenários para além do OE /2011 ["carta magna" da nossa salvação e poção mágica para acalmar os "mercados"]?

Para muitos portugueses o que está em causa não é o futuro [ou o presente] de José Sócrates, é o "Estado da Nação"...

De facto, do que precisamos [para além de crédito] é de transparência, rigor e honestidade. De "ideias limpas".
Guarde, Senhor Ministro, os "estados de alma" para uma amena cavaqueira com o círculo íntimo de amigos... [A Direita "adorará" ouvi-lo!].

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