COREIA do NORTE: dramas relativos ao culto da personalidade...

O súbito e inesperado ataque militar da Coreia do Norte a um objectivo civil na Coreia do Sul levanta todo o tipo de especulações sobre o que estará a suceder em Pyongyang…

Algo pode estar a correr mal na sucessão de Kim Jong-il. O modelo “clonizante” da dinastia Kim poderá estar a ser questionado pela alta hierarquia militar norte-coreana, onde recentemente – segundo esparsas informações veiculadas para o exterior – teriam começado selectivas depurações, sob a batuta do “indigitado” sucessor, Kim Jong-un, que recentemente ganhou poder na Comissão Militar Central, guarda pretoriana do regime e orgão máximo do poder [desde a morte de Kim il Sung que - por suposta "deferência patriótica" - foi abolido o cargo de Presidente].

Esta inusitada aventura militar norte-coreana poderá ser uma manifestação de força do aparelho militar, autónoma, sem cobertura política, num período de transição entre a incapacidade de Kim Jong-il e a imaturidade de Kim Jong-un.

A Coreia do Norte poderá estar a viver, no seio de um regime fortemente militarizado, um "surdo" interregno político. Esta situação instável é compatível com um quadro evolutivo que pode contemplar 2 soluções: a intromissão directa dos militares no processo sucessório e/ou a [futura e discreta] intervenção da China sob o pretexto de garantir a tranquilidade na região.

O ponto final numa aparente crise político-militar norte-coreana pode muito bem passar pela dispensa dos Kim’s e pelo favorecimento de uma diluição do poder – mais conveniente ao papel hegemónico chinês - substituindo o actual regime dinástico por uma alargada junta governativa [civil e/ou militar].

Dramas do culto da personalidade ou mistérios do Oriente?…

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