Efeito boomerang?...
"As taxas de juro da dívida portuguesa estão a subir, com o prazo de 10 anos a renovar novo máximo nos 6,902 por cento, bem acima dos 6,622 por cento do início da manhã.
O spread ou prémio que os investidores exigem para comprar obrigações portuguesas face às alemãs volta a aumentar, atingindo, ao início da tarde, os 451,1 pontos base.
Esta nova subida contrasta com a tendência de estabilização que parecia evidenciar-se no final da semana passada e está no nível mais alto desde a criação da moeda única.
Os juros mantêm-se, assim, relativamente próximos dos sete por cento, valor que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse justificar uma intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI)". publico
Os cidadãos, por regra, conhecem pouco de contabilidade e finanças públicas. Todavia, depois das repercussões que esta crise tem tido na vida das pessoas [fora os "ameaços"], começaram a habituar-se a contactar com novas terminologias e "outras" realidades, nomeadamente, o défice orçamental, as taxas bancárias e as flutuações dos juros das obrigações do Tesouro...
Os cidadãos percebem pouco de negócios e muito menos de macroeconomia. Fazem pequenos contratos para suprir necessidades domésticas e pouco mais. Compram habitação, carro, alimentos, vestuário, etc. Sobre as grandes questões financeiras ouvem os políticos, os economistas, os gestores... que, na maioria dos casos, se repetem uns aos outros.
Na discussão "pré-parlamentar" do OE 2011, ouviram muitas "boutades", transpiravam as pressões e, até, percebemos as ameaças [para não lhe chamar chantagens].
Uma dessas pressões foi protagonizada por Teixeira dos Santos quando, para justificar um acordo orçamental com o PSD, alvitrou que estaríamos à beira do precipício e da humilhação. Disse: se as taxas de juros taxas das Obrigações do Tesouro, a 10 anos, atingissem os 7% seriamos obrigados a recorrer a apoios externos: aos Fundos Europeus e ao FMI.
Os ditos "mercados financeiros" não são surdos. Acharam que tomando em conta as declarações do Ministro das Finanças o recurso a ajudas externas diminuiria o risco de incumprimento...
Ora, mesmo tendo conseguido o tão esperado acordo, os mercados começaram a manipular as taxas de juro. Hoje, ao princípio da tarde, andamos lá perto [6,902 %]. Amanhã não sabemos onde chegará a especulação.
Mas podemos ficar com um dado adquirido: os "players" do e no mercado financeiro beneficiariam - em termos de segurança dos investimentos - com o recurso de Portugal aos Fundos Europeus e com a vinda do FMI. Sendo assim, tudo farão para as taxas de juros atinjam [ou ultrapassem] esse "tecto mágico".
Ou, então, outra versão da história: como um argumento de persuasão jogado numa chicana política em processo negocial pode, mais tarde, ser utilizado pelo sempre atentos e invisíveis mercados para "atacar" as finanças públicas de um País...e levar a água ao seu moinho.
A rábula do "efeito boomerang" ou o ditado popular: "pela boca morre o peixe"...
O spread ou prémio que os investidores exigem para comprar obrigações portuguesas face às alemãs volta a aumentar, atingindo, ao início da tarde, os 451,1 pontos base.
Esta nova subida contrasta com a tendência de estabilização que parecia evidenciar-se no final da semana passada e está no nível mais alto desde a criação da moeda única.
Os juros mantêm-se, assim, relativamente próximos dos sete por cento, valor que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, disse justificar uma intervenção do Fundo Monetário Internacional (FMI)". publico
Os cidadãos, por regra, conhecem pouco de contabilidade e finanças públicas. Todavia, depois das repercussões que esta crise tem tido na vida das pessoas [fora os "ameaços"], começaram a habituar-se a contactar com novas terminologias e "outras" realidades, nomeadamente, o défice orçamental, as taxas bancárias e as flutuações dos juros das obrigações do Tesouro...
Os cidadãos percebem pouco de negócios e muito menos de macroeconomia. Fazem pequenos contratos para suprir necessidades domésticas e pouco mais. Compram habitação, carro, alimentos, vestuário, etc. Sobre as grandes questões financeiras ouvem os políticos, os economistas, os gestores... que, na maioria dos casos, se repetem uns aos outros.
Na discussão "pré-parlamentar" do OE 2011, ouviram muitas "boutades", transpiravam as pressões e, até, percebemos as ameaças [para não lhe chamar chantagens].
Uma dessas pressões foi protagonizada por Teixeira dos Santos quando, para justificar um acordo orçamental com o PSD, alvitrou que estaríamos à beira do precipício e da humilhação. Disse: se as taxas de juros taxas das Obrigações do Tesouro, a 10 anos, atingissem os 7% seriamos obrigados a recorrer a apoios externos: aos Fundos Europeus e ao FMI.
Os ditos "mercados financeiros" não são surdos. Acharam que tomando em conta as declarações do Ministro das Finanças o recurso a ajudas externas diminuiria o risco de incumprimento...
Ora, mesmo tendo conseguido o tão esperado acordo, os mercados começaram a manipular as taxas de juro. Hoje, ao princípio da tarde, andamos lá perto [6,902 %]. Amanhã não sabemos onde chegará a especulação.
Mas podemos ficar com um dado adquirido: os "players" do e no mercado financeiro beneficiariam - em termos de segurança dos investimentos - com o recurso de Portugal aos Fundos Europeus e com a vinda do FMI. Sendo assim, tudo farão para as taxas de juros atinjam [ou ultrapassem] esse "tecto mágico".
Ou, então, outra versão da história: como um argumento de persuasão jogado numa chicana política em processo negocial pode, mais tarde, ser utilizado pelo sempre atentos e invisíveis mercados para "atacar" as finanças públicas de um País...e levar a água ao seu moinho.
A rábula do "efeito boomerang" ou o ditado popular: "pela boca morre o peixe"...
Comentários
o papel do Dubai era vendido a 80%
do seu valor
se o Dubai deixasse de pagar
esse papel teria o mesmo valor do de tantos bancos e instituições falidas 0
é da natureza do sistema especular em produtos de alto risco com juros altos