O fatal derrube das muralhas...

O Governo de Marrocos pretendeu “varrer” do mapa o incomodativo acampamento de Agdaym Izik e, com este gesto violento, anular as pretensões [e pressões] da Frente Polisário para a realização de um referendo com vista à autodeterminação [independência?] do território, politicamente suportado pela comunidade internacional [ONU], mas inviável face aos interesses regionais em confronto.
Os graves distúrbios que se seguiram em El Aaiún [antiga capital do Sahara Ocidental] e causaram um ainda indeterminado número de vítimas, mostram como o “ataque” ao acampamento foi um tremendo erro político do regime marroquino.

Na verdade, o ex-Sahara espanhol será a última colónia no continente africano. Em circunstâncias dramáticas. O colonizador europeu desertou e apareceu um neo-colonizador. Nada mais do que um reino do Norte de África [Magreb].
O “muro” entre o sul de Marrocos e o território sarahaui é mais uma muralha.. Igual à que existiu em Berlim, igual à que existe na Palestina…
Para além da muralha física desceu sobre El Aaiún uma cortina de silêncio.

O Mundo sabe que um dia todas as muralhas acabarão derrubadas…

Comentários

ASMO LUNDGREN disse…
poético....é os ameríndios recuperaram as suas terras
os dayaks ou os montagnards
estão na mó de cima

os os berberes em Marrocos
ou os targuis (tuaregue) no Mali e na Mauritânia

os javaneses continuam dominantes étnica e numericamente.

O Mundo sabe que um dia todas as muralhas acabarão derrubadas…

as muralhas é que se esqueceram disso cada vez estão mais firmes

e lançam raízes e crescem com a fome

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides