Il Cavaliere e a máfia...
O actual primeiro-ministro italiano – Silvio Berlusconi – protagoniza um conturbado fim de ciclo político que se revelou nefasto para a Itália.
Ao que tudo indica a actual coligação deverá ser apeada do Poder o que poderá facilitar a elaboração de uma resenha histórica sobre uma inédita e escabrosa deriva da política italiana, subordinada aos grandes interesses do capital, ao manietar dos meios de comunicação social e, ainda, fruto de uma espúria aliança da demagogia ultra-nacionalista com forças proto-fascistas.
Para além dos permanentes problemas com o fisco, das denúncias de manipulação dos meios de comunicação social [muitos deles controlados directamente pelas suas empresas], dos escândalos sexuais que impressionaram a Itália pela sua frivolidade, da ruptura como seu ex-aliado Fini, parecem estarem reunidas um vasto conjunto de frontais incompatibilidades, inconciliáveis com o exercício do actual cargo político.
Gianfranco Fini, actual presidente da Câmara de Deputados e aliado político de Berlusconi no seio da coligação governamental “Popolo della Libertà", desferiu o golpe de misericórdia na sobrevivência política deste Governo.
Para além dos permanentes problemas com o fisco, das denúncias de manipulação dos meios de comunicação social [muitos deles controlados directamente pelas suas empresas], dos escândalos sexuais que impressionaram a Itália pela sua frivolidade, da ruptura como seu ex-aliado Fini, parecem estarem reunidas um vasto conjunto de frontais incompatibilidades, inconciliáveis com o exercício do actual cargo político.
Gianfranco Fini, actual presidente da Câmara de Deputados e aliado político de Berlusconi no seio da coligação governamental “Popolo della Libertà", desferiu o golpe de misericórdia na sobrevivência política deste Governo.
Sobre a declarada crise política, económica e financeira [de que a Itália não está a salvo], declarou:
“O actual executivo [dirigido por Berlusconi] está à deriva e apenas faz face a emergências. Perdeu a noção da direcção, do projecto essencial para construir a Itália do amanhã”.
Desde sempre que o Governo Berlusconi é acusado de manter relações com a mafia calabresa. Para fugir a essas responsabilidades usou a sua maioria parlamentar a fim de elaborar uma lei visando a impunidade dos dirigentes da sua coligação que ocupam altas funções no aparelho de Estado - Lei Alfano - diploma que escandalizou as forças democráticas e foi declarada inconstitucional.
O Governo de Silvio Berlusconi sobreviveu a diversas crises internas até que a ruptura protagonizada por Gianfranco Fini, líder Alleanza Nazionale, o colocou definitivamente em causa.
Para culminar esta série de escândalos o senador Marcello Dell'Ultri, braço direito de Berlusconi [co-fundador do partido Forza Italia que precedeu a actual coligação] veio a revelar-se ser o elo de ligação entre o actual presidente do Governo e a Cosa Nostra [máfia siciliana] e tendo sido condenado, por um tribunal de Palermo, pelo crime de associação mafiosa a 7 anos e 1 dia de prisão. elpais
Como corolário de todo este longo, insidioso e vicioso processo de deterioração política, o Governo enfrentará a 14 de Dezembro duas moções de censura [1 no Senado + 1 na Câmara de Deputados].
Até lá, viverá - como sempre viveu - na corda bamba…
O dramático é o Partido Democrata - principal força da Oposição - só conseguir fazer cair Berlusconi com a ajuda de Fini. Logo, dificilmente, será uma alternativa credível na actual situação política italiana.
De qualquer modo, o actual ambiente político em Itália tem, pelo menos, a perspectiva de se tornar mais limpo. O que sendo parco em termos de futuro, não é despiciendo...
“O actual executivo [dirigido por Berlusconi] está à deriva e apenas faz face a emergências. Perdeu a noção da direcção, do projecto essencial para construir a Itália do amanhã”.
Desde sempre que o Governo Berlusconi é acusado de manter relações com a mafia calabresa. Para fugir a essas responsabilidades usou a sua maioria parlamentar a fim de elaborar uma lei visando a impunidade dos dirigentes da sua coligação que ocupam altas funções no aparelho de Estado - Lei Alfano - diploma que escandalizou as forças democráticas e foi declarada inconstitucional.
O Governo de Silvio Berlusconi sobreviveu a diversas crises internas até que a ruptura protagonizada por Gianfranco Fini, líder Alleanza Nazionale, o colocou definitivamente em causa.
Para culminar esta série de escândalos o senador Marcello Dell'Ultri, braço direito de Berlusconi [co-fundador do partido Forza Italia que precedeu a actual coligação] veio a revelar-se ser o elo de ligação entre o actual presidente do Governo e a Cosa Nostra [máfia siciliana] e tendo sido condenado, por um tribunal de Palermo, pelo crime de associação mafiosa a 7 anos e 1 dia de prisão. elpais
Como corolário de todo este longo, insidioso e vicioso processo de deterioração política, o Governo enfrentará a 14 de Dezembro duas moções de censura [1 no Senado + 1 na Câmara de Deputados].
Até lá, viverá - como sempre viveu - na corda bamba…
O dramático é o Partido Democrata - principal força da Oposição - só conseguir fazer cair Berlusconi com a ajuda de Fini. Logo, dificilmente, será uma alternativa credível na actual situação política italiana.
De qualquer modo, o actual ambiente político em Itália tem, pelo menos, a perspectiva de se tornar mais limpo. O que sendo parco em termos de futuro, não é despiciendo...
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