WIKILEAKS storm...
Foram, hoje, trazidos à luz do dia - através da Wikileaks - mais de 250.000 documentos enviados pelos Serviços no Exterior ao Departamento de Estado dos EUA, até aqui reservados, confidenciais ou secretos.
Os documentos revelam o modus operandi da diplomacia norte-americana e abragem todo o tipo de documentos: espionagem, corrupção, interferência na política interna de Países, vigilância de comportamentos privados de estadistas, etc.
Um manancial de informações que levou a Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a contactar previamente os círculos diplomáticos e governos dos Países visados [muitos deles seus aliados], tentando “deitar água na fervura”.
Os documentos foram facultados pela Wikileaks a diversas publicações europeias e norte-americanas [El País, The Guardian, The New York Times, Le Monde, Der Spiegel, etc.] que vão trabalhá-los no aspecto informativo e na sua divulgação.
Estas revelações – segundo fontes diplomáticas – podem comprometer as relações internacionais dos EUA e, obviamente, vão determinar alterações radiacis no meios e sistemas de comunicação diplomática, militares e dos serviços secretos.
Entretanto, esta divulgação torna possível a cada cidadão ajuizar, per si, o papel [na política externa] que os EUA têm desempenhado por esse Mundo fora.
Comentários
Um interessante artigo publicado hoje no jornal inglês Guardian [ link ] levanta questões relativas à organização WikiLeads e à devassa dos segredos … que poderão [?] esclarecer algumas das suas interrogações.
Até ao momento, o principal visado – os EUA – não contestou a sua veracidade, tendo tentado forçar a sua “não-publicitação”, invocando eventuais riscos do pessoal em serviço no Exterior.
Há, todavia, uma certeza. A divulgação destes documentos compromete profundamente a política externa norte-americana, retirando-lhe margem de manobra e, em alguns casos, credibilidade. Outro efeito colateral será a capacidade de fomentar uma onda de “anti-americanismo” – entretanto desvanecida com a eleição de Barak Obama – que, neste caso, não poderá ser classificada de “primária”.
A grande curiosidade será conhecer textos [informações] fulcrais sobre a política externa mundial – quase todos passaram por Washington – e, para nós, eventuais, documentos que envolvam Portugal.