Mensagens populares deste blogue
A FRASE
Por
Carlos Esperança
-
A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
-
Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Até Maio/Junho este "líder de pacotilha" vai enrolar-se em múltiplas e sucessivas contradições.
Além das peripécias em Bruxelas que são relatadas com indignação no video, por Miguel Portas, grassa em Portugal a noção que o PSD "aproveitou" a onda de descontentamento nacional [que é real] para derrubar o Governo, sem que tivesse qualquer estratégia alternativa para o combate da crise financeira, económica e social.
Aproveitou o ensejo que lhe oferecem as terríveis dificuldades que assolam o País para tentar impor um pacote neoliberal que O PSD mantém em carteira há vários anos.
As suas genéricas "soluções" [não consegue passar disso...] só podem conduzir a uma violenta crise social, em que tudo poderá ser posto em causa, inclusive, o próprio regime democrático.
Trata-se, de facto, de um farsola, que está decidido a ludibriar a nossa consciência cívica e social, brincando com as labaredas da crise nas nossas barbas.
Mas não é só um farsola [tout court] é, também, um perigoso tartufo. Molière já o descreveu, no séc. XVII!
A única diferença é que, agora, a devoção [motivação] deste personagem, não será a hipocrisia religiosa, mas a representação de uma farsa neoliberal...