BETTER BE SAFE THAN SORRY…

"O ministro da Presidência afirmou hoje que a versão do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) que será apreciada na próxima semana no Parlamento é suscetível de alteração, porque o documento só terá de ficar fechado em abril." link

Assim não!

O Governo não pode fazer bluf com os cidadãos, muito menos em questões de austeridade que afectam a vida de muitos portugueses. Não pode jogar uma parada alta – anunciando duras medidas em conferência de Imprensa ao País e em simultâneo em Bruxelas - para depois mostrar-se disposto a regatear. Há algo de errado em toda esta estratégia.
Se havia tempo [até Abril !] porque não se o usou para tentar concertar posições previamente? Qual foi o interesse de apresentar antecipadamente um pacote de medidas de austeridade ao Conselho Europeu quando não as tinha discutido [internamente] em sede própria?

Na verdade, quando Pedro Silva Pereira afirma: “O Governo está a fazer tudo para evitar uma crise política, tudo para que exista no Parlamento um consenso político suficiente para evitar uma obstrução à ação governativa em matéria de extrema importância para o país e para a nossa economia"link sugere que, antes [no tempo apropriado], não o fez.

O comunicado do Conselho de Ministros de hoje peca também nas preposições. O Governo, neste momento, nada pode fazer para evitar uma crise política porque ela está em franco desenvolvimento. O Governo está – isso sim - a tentar resolver a crise política já instalada. O que é diferente. Uma coisa é prevenir, outra é remediar. Nesta fase do campeonato o rigor é fundamental.

Comentários

Unknown disse…
1. A mim parece-me evidente que se Portugal não fosse para o CE com medidas concretas que dessem confiança que o deficit ia ser cumprido em 2012 e 2013 iria ser pressionado fortemente pelos "mercados" (bancos alemães, sobretudo).
2. Se as coisas estivessem a correr mal teria que apresentar medidas para 2011, o que não foi o caso. Excepto se dizer que reforçar a eficácia de medidas anteriores são medidas adicionais!
3. O que os "mercados" queriam era um firme compromisso de Portugal e tiveram-no; se depois as medidas são outras de igual efeito é absolutamente indiferente aos mercados. A negociação é perfeitamente possível.
4. O Governo teve medo duma reacção adversa do PSD antes do CE; foi esse o seu único mal! parece-me um mal menor!
5. O resto tinha que ser feito mesmo assim! Não se pode confundir querer com poder!

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