GASPAR VOLTA A ATACAR
Uma das grandes virtudes da democracia é que os governantes têm de ter um mínimo de respeito pelos cidadãos, que os elegeram e de cujo voto dependem para se manterem em funções. Esta regra não se aplica porém ao Professor Doutor Vítor Gaspar, ministro da Troika e dos Mercados, que nunca foi eleito para nada, não vive em Portugal e, segundo creio, nem sequer está filiado em nenhum partido. A sua vida e os seus interesses não estão em Portugal, mas sim nos meios da alta finança internacional. A sua sorte não está ligada à nossa sorte. Por isso se permite espoliar-nos, insultar-nos e até tratar com sobranceria o próprio Presidente da República (da República Portuguesa, entenda-se; já não se atreve a fazer o mesmo com os presidentes, chanceleres ou chancelerinas de potências estrangeiras mais fortes). Gaspar foi destacado pela Troika como uma espécie de administrador de insolvências, cuja função é administrar a “massa falida” para proteger os interesses dos credores e não os do devedor