PR: um acto falhado que explica um discurso?…
O Presidente da República pronunciou – como é hábito – um discurso nas cerimónias comemorativas do 102º. aniversário da implantação da República. …link
Uma verdadeira arenga.
Primeiro, confundiu o passado, presente e futuro. Deixou, no presente, ensombrados palpites em relação ao futuro, presume-se que para serem decifrados depois do final do mandato.
Sobre a situação actual do País foi ‘profundíssimo’. Disse:
“Celebramos a República numa altura em que Portugal atravessa um dos períodos mais difíceis da sua História recente. Vivemos tempos de crise e de incerteza quanto ao futuro.
A economia portuguesa e o Estado dependem muito do financiamento do exterior. Chegámos a uma situação em que, para assegurar esse financiamento, fomos obrigados a solicitar a ajuda de entidades externas, com as quais subscrevemos compromissos que temos de honrar e cumprir.
Portugal tem de conseguir conquistar a sua autonomia financeira face ao estrangeiro, mas esse objetivo ainda não foi alcançado.
Aos Portugueses são pedidos grandes sacrifícios, ao mesmo tempo que se verifica o desemprego de milhares de cidadãos a que não podemos deixar de acorrer.
Muitos Portugueses veem-se em situações de grande dificuldade, situações que os seus pais nunca conheceram e que eles próprios nunca julgaram que viriam a atravessar.
Nestas alturas, há o risco de nos deixarmos abater pelo desânimo e pelo pessimismo, de sermos assaltados por sentimentos de medo e de frustração, de incerteza quanto ao nosso futuro e quanto ao futuro dos nossos filhos.
Tão absorvidos estamos pelas dificuldades do presente que rapidamente podemos perder o sentido do futuro…”
Um texto muito próximo de uma redacção de um aluno da antiga escola primária.
Bem, e depois? Depois perdeu o fio à meada e desata a palrar sobre Educação como se estivesse na abertura do ano escolar em qualquer estabelecimento de ensino espalhado por este País…
Longe vão os dias em que Cavaco Silva se preocupava com os sacrifícios dos portugueses e afirmava que estes tinham limites. Somos levados a crer que daí até aos dias de hoje não aconteceu nada.
E para rematar os evidentes posicionamentos face ao ‘enorme’ (Gaspar dixit) arrastão fiscal resolve salientar a sua independência (distanciamento) face aos partidos no poder. Demitiu-se literalmente das suas funções. Nesse ínterim, acrescentou:
“Nos termos da Constituição, o Presidente da República deve situar-se numa posição suprapartidária, acima das controvérsias políticas que marcam o dia-a-dia, pois só assim poderá ser moderador em caso de conflitos, promotor de consensos, atuar com isenção e imparcialidade, na salvaguarda dos superiores interesses nacionais...”
“Nos termos da Constituição, o Presidente da República deve situar-se numa posição suprapartidária, acima das controvérsias políticas que marcam o dia-a-dia, pois só assim poderá ser moderador em caso de conflitos, promotor de consensos, atuar com isenção e imparcialidade, na salvaguarda dos superiores interesses nacionais...”
Ao sentir necessidade de lembrar os condicionalismos que o cercam, o PR, mostrou que pisa terrenos pantanosos e se encontra irremediavelmente condicionado. Mais um problema a acrescentar à ineludível crise governamental. Na verdade, a grande maioria dos portugueses já notou que o Presidente da República se esforça por passar ao lado (e não por cima) dos problemas de estão a afectar de modo profundo e inusitado a vida dos cidadãos.
De facto, ninguém contesta que o Presidente da República deve institucionalmente situar-se numa posição suprapartidária. Todavia, numa comemoração republicana não deveria esquecer que a grande maioria dos portugueses não vive condicionada por um ‘ambiente’ partidário, pelo que os seus problemas não são desse foro (sem qualquer remoque para os partidos políticos) mas eminentemente nacionais. Melhor seria ter aproveitado a ocasião para posicionar-se no sítio onde deveria fazer questão de estar, i. e., no meio (dos problemas) do povo.
O grande momento foi, contudo, prévio à sua faladura. Içou a bandeira portuguesa ao contrário! (foto). Este acto simbólico (ou este simbólico falhanço) marcou o discurso oficial tornando-o totalmente inexpressivo. Um parle à pied onde optou por colocar-se de candeias às avessas com o actual momento político.
Enigmático, despropositado ou comprometido? Difícil de escolher.
Ou será, tão somente, dramaticamente incapaz?
Comentários
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File Format: Microsoft Powerpoint
Rise in taxes; Romans stopped conquering lands; flow of gold into Roman economy decreased. Gold being spent to pay for luxury items. Coins became less ...
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Money Breakdown for twenty eleven minute lesson
actos falhados há muites ó dottore da mula russa ou diz-se soviética?
ruços....