Portas mete (mais uma vez) a 'ditosa' num comunicado circunstancial…
Para um comunicado que demorou 3 dias a elaborar link convenhamos que o CDS conseguiu encontrar uma fórmula suficientemente oca e vazia para manter Passos Coelho a ‘cozer em lume brando’ …mesmo contra a vontade do destinatário! link
Na verdade, sem emitir qualquer juízo de valor sobre o OE 2013, o que o comunicado pretende ocultar é o embaraço de estar coligado neste Governo e ter de engolir a proposta orçamental. Pelas razões que o comunicado enuncia, O CDS nunca teve margem política para votar contra o Orçamento. E quanto a ‘isso’ Portas passou ao lado. Para uma crise política ‘estrutural’ que atinge os alicerces da coligação no Poder aparece à luz do dia um comunicado circunstancial invocando ‘lugares-comuns’.
Outra coisa que o comunicado subliminarmente ‘diz’ (mas não explicita) é: O CDS aguarda melhor oportunidade para …
Os portugueses sabem que este comunicado estava escrito e pensado há muito tempo. A ‘especulação sobre o debate orçamental’ (referida no texto) a existir está do lado do CDS. Discutir o Orçamento de Estado não é especular, nem é um privilégio do trio Portas, Coelho & Gaspar. Mas sabendo (como Portas sabe há ano e meio) que existem compromissos políticos internos e coligados que ‘forçam’ a aprovação do OE e demorar 3 dias a vir a público confirmá-lo, não é especular porque é uma outra coisa mais grave: perverter regras do jogo democrático explorando medos, temores e eminências de catástrofes. Todavia, este tipo de jogos, cada vez mais, passa ao lado dos cidadãos que, por enquanto, assistem incrédulos as estas lamentáveis escaramuças partidárias e, neste momento, estão mais empenhados em construir alternativas (populares) ao fatídico 'arrastão fiscal' (OE/2013).
Finalmente, o ‘ar patrioteiro’ que o CDS pretende, sempre e à outrance, adesivar às suas posições políticas começa a entediar e, provavelmente, já não funcionará em termos de marketing político. Na verdade, a evocação da “Assistência Económica e Financeira” por parte da comunidade internacional (ver comunicado do CDS) se alguma coisa poderia fazer era colidir com o conceito sentimental de Pátria, considerando que a mesma estará, nas circunstâncias evocadas no comunicado, hipotecada, resumindo, em perigo.
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