A Guiné, o ministro e o PR de alguns portugueses

Um dia, o conselheiro do presidente dos EUA chamava-lhe a atenção para o facto de o ditador de turno da Nicarágua, seu protegido, ser um filho da puta. O Presidente, respondeu-lhe: «mas é o nosso filho da puta».

Lembrei-me deste caso, cujos termos crus são verídicos, para referir a onda de exaltação nacionalista que grassa na Internet, em defesa de Cavaco Silva, a quem um membro do cartel da droga de Bissau, alcunhado de ministro de Estado e da Presidência do governo de Bissau, desvalorizando o grave incidente que envolveu o avião da TAP, apelidou de infantil a forma como Cavaco reagiu ao caso.

Note-se que apelidou de infantil a forma e não o autor, que defendeu como pôde o antro que não consegue tornar-se Estado, que fez o que podia, contrariamente ao PR e ao PM portugueses quando vergonhosamente se calaram perante a chantagem ao TC e, no caso do PM, crocitando em uníssono.

Curiosamente quem agora se indigna contra um membro de um governo a fingir, contra a criatura cujo português faz inveja ao de alguns membros do governo que o PR impôs ao País, são os que permaneceram silenciosos contra os ataques de Durão Barroso e de Christine Lagarde, estrangeiros que chantagearam o TC e o povo português.

E são também os que não leem os jornais europeus e desconhecem como se referem ao Governo português e ao próprio PR.

Ah! já sei. O guineense é preto e Barroso e Lagarde são, como o ditador referido: «são os nossos…».

Comentários

septuagenário disse…
Em questões internacionais deviamos ser «mais nós».

Em questões internas que seja tudo ao molho,como quem diz, cada um para seu lado.

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