13 de fevereiro 1965 – Homenagem A Humberto Delgado

Faz hoje 49 anos que foi assassinado por Casimiro Monteiro, o homem que a ditadura salazarista impediu de ser presidente da República (1958), por fraude, e de continuar a viver (1965), a tiro, através de uma brigada da PIDE enviada a Espanha.

Humberto Delgado não foi a única vítima dos esbirros do fascismo, a exceção na longa história de repressão, mas foi um destacado opositor a quem a morte sinistra e o exílio conferiram a auréola do martírio.

Rosa Casaco, chefe da brigada que executou o general Delgado, assassínio que Salazar logo atribuiu aos comunistas, ainda passeou livremente pelo país de que foi carcereiro e carrasco, depois do 25 de Abril e exibiu a boçalidade, com ameaças a democratas, depois de ter visto prescrever o crime.

O então ministro do Interior, Alfredo dos Santos Júnior, morreu velho e velhaco, com a reforma de presidente do Conselho de Administração de uma importante empresa do Estado.

Salazar, ditador vitalício, perdeu o conhecimento, sentado, graças ao caruncho de uma cadeira, e morreu deitado no Hospital da Cruz Vermelha. Os velhos torcionários ficaram impunes, enquanto o «general sem medo» continuou a ser difamado depois de morto.

Hoje, 49 anos após a sua morte e o estrangulamento da sua secretária Arajair Campos, é dia de homenagear quem fez tremer a ditadura e a combateu até o atraírem a uma cilada e o assassinarem.

Humberto Delgado foi, até então, o general mais novo das Forças Armadas Portuguesas.

A partir de 1958 consagrou a vida à luta pela liberdade. Hoje é património do País que amou e dos democratas que não suportam as tiranias seja qual for o pretexto, qualquer que seja o seu sinal.

Comentários

O corpo de H. D. é que devia ir para o Panteão (se não ficasse mal acompanhado, claro).
Já lá está, caro Horta Pinto.
Não sabia! Obrigado pela informação, caro Esperança.

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