Notas soltas: janeiro/2014
OE-2014 – Os
pareceres pedidos pelo PR, na defesa da constitucionalidade, não podem ser
escondidos do país que os paga, sem saber quem os elaborou, com que argumentos
e a que preço. A existirem, a
transparência é uma exigência democrática.
ETA – A
organização terrorista basca perdeu a razão, a coerência e a ética, tornando-se
um bando sedento de sangue. A sua dissolução urgente, e sem condições, é a
única via. O futuro terá de passar pelo regime democrático.
Al-Qaeda – A
desgraçada invasão do Iraque, tão leviana como criminosa, tornou-se o húmus
onde medra a mais demente organização terrorista cuja implantação lhe permite o
domínio de cidades iraquianas e do Afeganistão e a expansão para outros países.
Eusébio – A morte
do excecional futebolista e homem simples foi motivo para as mais deprimentes e
hipócritas manifestações de histeria. O génio da bola, explorado em vida, foi a
bandeira de oportunistas com um olho no cadáver e outro no microfone.
Goldman Sachs – José
Luís Arnaut, um alto quadro do PSD, é um dos 18 membros do conselho consultivo internacional, órgão que
avalia negócios, tarefas que desempenhou em Portugal, ora do lado do Estado,
ora do lado comprador. O banco escolheu bem.
CDS – A proposta
de cinco secretários de Estado para a redução do ensino obrigatório é a
tentativa de regresso ao salazarismo onde os filhos dos pobres não podiam
estudar e os liceus e universidades eram reservados para os filhos de quem as podia
pagar.
Paulo Portas – No
25.º congresso, a sua lista foi eleita por 85,39% dos votos, longe da de Kim
Jong-un. Oliveira do Bairro não é Pyongyang. O exótico pedido para que o PS
feche os olhos à CRP é digna do líder que se aureolou com 8 inúteis
vice-presidentes.
Madeira – O
desejo de Alberto João Jardim de expulsar do PSD-M o ex-presidente da Câmara do
Funchal, Miguel Albuquerque, que quase o derrotou no último congresso, mostra
que o velho salazarista não é diferente dos estalinistas.
Vaticano –
Segundo afirmou o padre Anselmo Borges, «o que ficou mal à Igreja foi a
tentativa de ocultação [dos casos de pedofilia no seu seio]», facto que ficou
provado nas declarações da ONU e que é «vergonhoso».
Coadoção – O
golpe cínico de propor um referendo ilegal, para impedir a aprovação de uma lei
na AR, com a cobardia de se ocultar atrás da JSD, deixa a direção do PSD numa
posição ética lastimável, negando a várias crianças o direito à família.
França – Embora a
vida privada dos políticos deva ser respeitada, não é tolerável que os
sucessivos presidentes da República, de esquerda e de direita, transformem a
divisa “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” em «Liberdade, Igualdade e
Infidelidade».
Egito – A nova
Constituição, aprovada com 98,1% dos votos expressos, troca a ditadura divina,
a sharia, pela ditadura terrena. Os Irmãos Muçulmanos deram lugar aos militares
e polícias. Só o Diabo, se existisse, podia instaurar a democracia.
Passos Coelho – O
acesso ao poder, com o auxílio do PR, levou-o a recusar o PEC-IV, responsabilizando-o
pela entrada da troika, pela dívida incomportável e pela aniquilação da classe
média. A destruição do Estado social era a agenda oculta da sua impreparação.
Belém – A
candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa a
PR foi inviabilizada pela moção de Passos Coelho ao Congresso do PSD, ao negar apoio
a um “protagonista, catavento de opiniões erráticas em função de mera
mediatização”, perfil desenhado para excluir o ex-líder do partido.
O. N. U. – O
convite ao Irão, para a cimeira da paz sobre a Síria, retirado depois, revela três
coisas: 1 – o Irão esteve prestes a integrar o Eixo do Bem; 2 – os
“libertadores” da Síria, eram pouco estimáveis; 3 – Os talibã vão emigrar, ao
serviço de Alá e da sharia.
Praxes académicas – Não sendo únicas, são as
mais faladas e as que melhor revelam a ignomínia de quem aceita a humilhação. Com
atos de aviltamento, criam-se déspotas, sádicos e pusilânimes que perpetuam, de
geração em geração, a idiossincrasia fascista .
Desigualdades sociais
– As 85 pessoas mais ricas do mundo têm tanto dinheiro como 3.570 milhões de
pobres. A facto de os ricos se tornarem cada vez mais, tendência que os pobres acompanham,
e que Portugal imita, é a bomba relógio contra o capitalismo.
Al-Qaeda – Há
1500 jovens europeus emigrados para “libertarem” a Síria, intoxicados pelo Corão
nas mesquitas e madraças de França, Inglaterra e Bélgica. Foi uma desgraça a
partida, cheios de fé, e será uma tragédia o regresso, carregados de ódio.
Espanha – O
retrocesso da lei da IVG só admitirá o aborto nos casos de violação, até às 12
semanas, e nos de risco de vida para a mulher, até às 22. Reunindo a mais
refinada hipocrisia e a mais despudorada insensibilidade, até as más formações
fetais exclui.
PR – Os apelos ao
entendimento entre partidos são inerentes a um chefe de Estado mas irrelevantes
de quem despreza o PCP e o BE, tendo com o PS um contencioso de franca e
reiterada hostilidade onde avultam o caso
das escutas e o discurso da sua reeleição.
Tunísia – A
aprovação da primeira constituição que consagra direitos iguais a homens e
mulheres e liberdade religiosa, apesar do receio da ‘religião oficial’ – o
Islão –, pode ser a primeira flor a despontar após a deceção das «primaveras
árabes».
Ucrânia – Entre a
dependência do gás russo e a sedução da União Europeia acentua-se a divisão
étnica e o confronto político numa insurreição generalizada que ameaça acabar
em tragédia.
Comentários
Também tem explicação tal qual como todos os outros itens.
Nesta dos jovens «convertidos à fé». são os feitos das colonizações e descolonizações e consequentes neocolonizações Francesas e Inglesas.
Quem semeia ventos...!