Aznar, um franquista da família dos Aznos e de monsenhor Escrivá
Aznar voltou à ribalta política em Espanha, em acumulação com os negócios e a mulher à frente do município de Madrid. Só não conseguiu a mais alta condecoração americana, porque há, nos EUA, senadores insubornáveis e, em Espanha, jornalistas incorruptíveis.
José Maria Aznar, quando presidente do Governo espanhol, não foi particularmente feliz nas decisões que tomou quando o Prestige demandou as águas espanholas. Foi cúmplice da catástrofe ecológica ao procurar alterar-lhe o rumo em direção à costa portuguesa, em vez de o acolher e ter evitado o naufrágio. Desde então as manchas negras perseguem-lhe a reputação com a violência com que atingiram as praias da Galiza.
Mais tarde tomou, em relação ao Iraque, a comovente decisão que inundou de felicidade os falcões dos EUA. Não se limitou a acompanhar Blair na deriva belicista e no apoio incondicional à direita religiosa que dominava a Administração americana. Foi o mentor de um grupo de países, Portugal incluído, que arrastou para uma posição condenável no plano ético e legal (ao arrepio da ONU), lesiva do direito internacional e manifestamente impopular nos respetivos países.
Os comentadores políticos atribuíram a atitude a razões plausíveis: uma estratégia para obter vantagens para Espanha e a abertura do caminho para as suas ambições políticas, ambas no plano internacional. A última era a presidência da União Europeia.
Penso que houve algo mais a empurrar Aznar para a insólita decisão, contrária aos interesses de país, com fortes relações comerciais com os países árabes, e prejudicial ao futuro das relações com a América Latina.
Tenho para o facto uma explicação que faz com que Aznar não possa ser visto como capataz de Bush, acusação de um deputado espanhol, mas ser ele a aproveitar-se da estratégia americana.
São do domínio público os laços que ligam Aznar, e particularmente a sua mulher, ao Opus Dei, laços que não podem deixar de ser relacionados com a posição assumida.
Escrito por Robert Hutchison “O Mundo Secreto do Opus Dei”, que tem como subtítulo “Preparando o confronto final entre o Mundo Cristão e o radicalismo Islâmico”, talvez ajude a compreender a posição de Aznar. São 536 páginas, escritas muito antes dessa crise, que podem explicar não só o que o fez correr mas também o que o fez ajoelhar-se.
O Iraque continua um matadouro de gente. Os cristãos da cruzada contra Saddam dormem serenos mas o mundo não pode esquecer os mortos diários e a cimeira dos Açores cujo mordomo fugiu de Portugal a caminho de uma carreira internacional.
José Maria Aznar, quando presidente do Governo espanhol, não foi particularmente feliz nas decisões que tomou quando o Prestige demandou as águas espanholas. Foi cúmplice da catástrofe ecológica ao procurar alterar-lhe o rumo em direção à costa portuguesa, em vez de o acolher e ter evitado o naufrágio. Desde então as manchas negras perseguem-lhe a reputação com a violência com que atingiram as praias da Galiza.
Mais tarde tomou, em relação ao Iraque, a comovente decisão que inundou de felicidade os falcões dos EUA. Não se limitou a acompanhar Blair na deriva belicista e no apoio incondicional à direita religiosa que dominava a Administração americana. Foi o mentor de um grupo de países, Portugal incluído, que arrastou para uma posição condenável no plano ético e legal (ao arrepio da ONU), lesiva do direito internacional e manifestamente impopular nos respetivos países.
Os comentadores políticos atribuíram a atitude a razões plausíveis: uma estratégia para obter vantagens para Espanha e a abertura do caminho para as suas ambições políticas, ambas no plano internacional. A última era a presidência da União Europeia.
Penso que houve algo mais a empurrar Aznar para a insólita decisão, contrária aos interesses de país, com fortes relações comerciais com os países árabes, e prejudicial ao futuro das relações com a América Latina.
Tenho para o facto uma explicação que faz com que Aznar não possa ser visto como capataz de Bush, acusação de um deputado espanhol, mas ser ele a aproveitar-se da estratégia americana.
São do domínio público os laços que ligam Aznar, e particularmente a sua mulher, ao Opus Dei, laços que não podem deixar de ser relacionados com a posição assumida.
Escrito por Robert Hutchison “O Mundo Secreto do Opus Dei”, que tem como subtítulo “Preparando o confronto final entre o Mundo Cristão e o radicalismo Islâmico”, talvez ajude a compreender a posição de Aznar. São 536 páginas, escritas muito antes dessa crise, que podem explicar não só o que o fez correr mas também o que o fez ajoelhar-se.
O Iraque continua um matadouro de gente. Os cristãos da cruzada contra Saddam dormem serenos mas o mundo não pode esquecer os mortos diários e a cimeira dos Açores cujo mordomo fugiu de Portugal a caminho de uma carreira internacional.
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