JOSÉ GOMES FERREIRA E A VELHA GUARDA
O menino José Gomes Ferreira, fazendo prova da sua má educação, atreveu-se a escrever uma carta em que dá reprimendas e conselhos paternais a um grupo de cidadãos que têm idade para poderem ser seus pais. Chama à geração desses cidadãos “uma geração errada”.
Errada porquê? Por ter feito o 25 de Abril, conquistando para o povo português a liberdade que ele agora usa para bolçar asneiras atrás de asneiras? É claro que o Zezinho nunca se envolveria num 25 de Abril. Ele nunca se meteria nessas coisas. Porque o Zezinho é um menino ajuizado. Tão ajuizado que faz lembrar “aquele repelente menino Vicente, posto na vida só para ter juízo” de que falava o velho e nada ajuizado O’Neill.
Acontece que, em termos de mentalidade, a velhice tem pouco a ver com a idade que consta do bilhete de identidade. Nesses termos, o Zezinho é muito mais velho do que aqueles que se permite repreender no seu malcriado artigo. Parece-me mesmo que já nasceu velho.
Se eu pertencesse àquele grupo de cidadãos a quem ele tem o desplante de dar conselhos, certamente lhe diria em que parte da sua anatomia devia meter esses conselhos.
Poderão aqueles cidadãos pertencer à “Velha Guarda”, e dizer-lhe, como o velho Cambronne: “A Velha Guarda morre mas não se rende!”. Não percebeu, Zezinho? Então repito: “A Velha Guarda morre mas não se rende!”. O quê? Ainda não percebeu? Então vá berda-merda!
Errada porquê? Por ter feito o 25 de Abril, conquistando para o povo português a liberdade que ele agora usa para bolçar asneiras atrás de asneiras? É claro que o Zezinho nunca se envolveria num 25 de Abril. Ele nunca se meteria nessas coisas. Porque o Zezinho é um menino ajuizado. Tão ajuizado que faz lembrar “aquele repelente menino Vicente, posto na vida só para ter juízo” de que falava o velho e nada ajuizado O’Neill.
Acontece que, em termos de mentalidade, a velhice tem pouco a ver com a idade que consta do bilhete de identidade. Nesses termos, o Zezinho é muito mais velho do que aqueles que se permite repreender no seu malcriado artigo. Parece-me mesmo que já nasceu velho.
Se eu pertencesse àquele grupo de cidadãos a quem ele tem o desplante de dar conselhos, certamente lhe diria em que parte da sua anatomia devia meter esses conselhos.
Poderão aqueles cidadãos pertencer à “Velha Guarda”, e dizer-lhe, como o velho Cambronne: “A Velha Guarda morre mas não se rende!”. Não percebeu, Zezinho? Então repito: “A Velha Guarda morre mas não se rende!”. O quê? Ainda não percebeu? Então vá berda-merda!
Comentários
De facto, o jornalista José Gomes Ferreira ao ter conhecimento de um manifesto subscrito por 74 personalidades oriundas de diversos sectores da sociedade decide lançar-se numa cruzada purificadora.
Desde logo, escreve um paper em jeito de ‘contra-manifesto’ cheio de vacuidades dogmáticas alicerçadas em ‘libertadoras’ fracturas sociais, pretendendo conotar um grupo de cidadãos (com diversificados lastros políticos, identitários, sociais, culturais e profissionais) como um movimento ‘geracional’ em contra-corrente. Outra abusiva conotação está submersa na carta e ‘usada’ ad nauseam pela Direita: a proposta de ‘re-estruturar’ foi imediatamente amarrada à oculta intenção de ‘incumprimento’.
Essa perversa confusão mostra perfeitamente ‘o que a casa gasta’. Só faltou catalogar os subscritores do manifesto de ‘subversivos’…
Não me admiraria que a ‘carta do Zezinho’ venha a ter direito a prebendas.
Estou convicto que deverá figurar no prefácio dos próximos ‘Roteiros’ cavaquistas. O mote está lá. “Deixem os mais novos trabalhar” é o balofo remate da carta. O que não passa de uma medíocre reincidência (plágio) à volta de uma frase que, há alguns anos, indignou o País (“deixem-me trabalhar”) e foi proferida por Cavaco Silva no período agónico do seu XII Governo…, com o manifesto propósito de tentar ‘silenciar’ as oposições (melhor dito as ‘forças de bloqueio’).