A República e as primeiras-damas
Portugal deve banir os (maus) exemplos vindos da Europa ou dos Estados Unidos, quiçá por reminiscências monárquicas, em que o presidente da República se faz acompanhar da consorte, como um sultão com o seu harém, em visitas de Estado.
As primeiras-damas são um anacronismo que diminui a mulher e as torna adereços da democracia onde seria inaceitável que a discriminação de género lhes negasse o direito de ocupar o cargo.
O lugar de primeira-dama representa um cargo sem funções, um mero estado civil, que a República deve extinguir. A tradição seria grotesca se a igualdade de género fosse já, como devia, uma realidade de facto e não apenas de direito.
A notícia de que as mulheres de Sampaio da Nóvoa ou Marcelo Rebelo de Sousa, assim como o homem de Maria de Belém Roseira, não preencherão as funções ocupadas pelas mulheres dos últimos PRs, é uma excelente notícia para quem repudia direitos conjugais na representação do Estado ainda que, em um dos casos, seja por hipocrisia beata.
Não se pode confundir a coabitação no Palácio de Belém da família do, ou da, PR com a constante presença conjugal nas cerimónias públicas e, muito menos, como a matriarca cessante fazia das viagens do PR, excursões familiares com os netinhos.
A inevitável eleição de um dos três candidatos citados trará um PR incomparavelmente melhor do que o atual, o Palácio de Belém será melhor frequentado e a República mais prestigiada. A ausência de uma primeira-dama ou de um primeiro-cavalheiro, de género igual ou diferente do do candidato eleito, é um avanço institucional do órgão unipessoal.
Não é a primeira vez que Portugal se coloca na vanguarda da civilização e constitui um exemplo para outros países. Não sendo neutra a escolha que o eleitorado venha a fazer, há benefícios enormes na substituição presidencial, a chegada de alguém com a cultura, sensibilidade e sentido de Estado, que o cargo exige, e a abolição da prótese conjugal.
Viva a República!
As primeiras-damas são um anacronismo que diminui a mulher e as torna adereços da democracia onde seria inaceitável que a discriminação de género lhes negasse o direito de ocupar o cargo.
O lugar de primeira-dama representa um cargo sem funções, um mero estado civil, que a República deve extinguir. A tradição seria grotesca se a igualdade de género fosse já, como devia, uma realidade de facto e não apenas de direito.
A notícia de que as mulheres de Sampaio da Nóvoa ou Marcelo Rebelo de Sousa, assim como o homem de Maria de Belém Roseira, não preencherão as funções ocupadas pelas mulheres dos últimos PRs, é uma excelente notícia para quem repudia direitos conjugais na representação do Estado ainda que, em um dos casos, seja por hipocrisia beata.
Não se pode confundir a coabitação no Palácio de Belém da família do, ou da, PR com a constante presença conjugal nas cerimónias públicas e, muito menos, como a matriarca cessante fazia das viagens do PR, excursões familiares com os netinhos.
A inevitável eleição de um dos três candidatos citados trará um PR incomparavelmente melhor do que o atual, o Palácio de Belém será melhor frequentado e a República mais prestigiada. A ausência de uma primeira-dama ou de um primeiro-cavalheiro, de género igual ou diferente do do candidato eleito, é um avanço institucional do órgão unipessoal.
Não é a primeira vez que Portugal se coloca na vanguarda da civilização e constitui um exemplo para outros países. Não sendo neutra a escolha que o eleitorado venha a fazer, há benefícios enormes na substituição presidencial, a chegada de alguém com a cultura, sensibilidade e sentido de Estado, que o cargo exige, e a abolição da prótese conjugal.
Viva a República!
Ponte Europa / Sorumbático
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