As próximas eleições presidenciais_8
A presença obsessiva de Marcelo Rebelo de Sousa na comunicação social é de tal modo obscena que a informação passou a propaganda e a exposição do candidato a massacre.
Se vier a confirmar-se a vitória de quem se ouvem todas as opiniões sem se escrutinar o eu passado, cumprir-se-á a profecia do falecido Emídio Rangel: «A televisão tem igual eficácia na venda de sabonetes e presidentes da República».
Marcelo Rebelo de Sousa, José Miguel Júdice, Santana Lopes, Manuel Durão Barroso e António Pinto Leite surgiram no início de 1984, organizados, para fazerem regressar ao poder, por via democrática, a velha política, sob o pseudónimo de “Nova Esperança”.
Foram decisivos em dois congressos do PSD, em 1984 [Braga] derrotando Mota Amaral com Mota Pinto e, especialmente, em 1985 [Figueira da Foz], na improvável ascensão à liderança partidária do obscuro salazarista Cavaco Silva, derrotando João Salgueiro.
Marcelo não foi apenas líder do PSD, foi sempre o defensor das posições que são hoje minoritárias na sociedade portuguesa, por mais anestesiada e aturdida que se encontre.
Ninguém confronta Marcelo, o candidato presidencial solicitado a pronunciar-se sobre todos os assuntos, incluindo o S.N.S., onde revela a beata compaixão e cínico desacordo com o desinvestimento do último governo mas em contradição com o seu voto, no PSD, contra a Lei de Bases. Lutou ainda contra a universalidade do SNS, alegando a injustiça do seu caso, que podia e devia pagar a saúde, e tinha direito à gratuitidade. Demagogo!
Ninguém lhe lembra a sua oposição à despenalização da IVG ou ao chumbo do primeiro projeto para a legalizar nos casos de risco de vida de mãe, malformações ou violação.
Este Marcelo humanista, que lava mais branco o passado do que qualquer detergente as nódoas, será o mesmo cujos preconceitos pios condenariam à morte mulheres cuja vida fosse incompatível com a gravidez, e à gestação obrigatória as vítimas de violação e as grávidas de um feto teratogénico?
Este Marcelo, que esteve vários anos a vender a imagem nas televisões e a ser pago, que agora a consolida em todos os canais, sem o remorso judaico-cristão de ver ostracizados os concorrentes diretos, será o mesmo que demagogicamente afirma que as candidaturas não deviam receber donativos particulares?
Este Marcelo, amigo do peito e da hóstia de banqueiros, respeita a identidade partidária que o atual inquilino de Belém, por indigência cívica, não suporta?
Este Marcelo, que foi à Festa do Avante em ecuménico branqueio, será o que denunciou ao padrinho a presença perigosa dos comunistas no Congresso de Aveiro?
Este Marcelo, que aceitou ser presidente da Fundação Casa de Bragança, saberá que o cargo é incompatível com a ética republicana e a presidência da República?
Este histrião pode agradar à populaça mas não serve a democracia.
Se vier a confirmar-se a vitória de quem se ouvem todas as opiniões sem se escrutinar o eu passado, cumprir-se-á a profecia do falecido Emídio Rangel: «A televisão tem igual eficácia na venda de sabonetes e presidentes da República».
Marcelo Rebelo de Sousa, José Miguel Júdice, Santana Lopes, Manuel Durão Barroso e António Pinto Leite surgiram no início de 1984, organizados, para fazerem regressar ao poder, por via democrática, a velha política, sob o pseudónimo de “Nova Esperança”.
Foram decisivos em dois congressos do PSD, em 1984 [Braga] derrotando Mota Amaral com Mota Pinto e, especialmente, em 1985 [Figueira da Foz], na improvável ascensão à liderança partidária do obscuro salazarista Cavaco Silva, derrotando João Salgueiro.
Marcelo não foi apenas líder do PSD, foi sempre o defensor das posições que são hoje minoritárias na sociedade portuguesa, por mais anestesiada e aturdida que se encontre.
Ninguém confronta Marcelo, o candidato presidencial solicitado a pronunciar-se sobre todos os assuntos, incluindo o S.N.S., onde revela a beata compaixão e cínico desacordo com o desinvestimento do último governo mas em contradição com o seu voto, no PSD, contra a Lei de Bases. Lutou ainda contra a universalidade do SNS, alegando a injustiça do seu caso, que podia e devia pagar a saúde, e tinha direito à gratuitidade. Demagogo!
Ninguém lhe lembra a sua oposição à despenalização da IVG ou ao chumbo do primeiro projeto para a legalizar nos casos de risco de vida de mãe, malformações ou violação.
Este Marcelo humanista, que lava mais branco o passado do que qualquer detergente as nódoas, será o mesmo cujos preconceitos pios condenariam à morte mulheres cuja vida fosse incompatível com a gravidez, e à gestação obrigatória as vítimas de violação e as grávidas de um feto teratogénico?
Este Marcelo, que esteve vários anos a vender a imagem nas televisões e a ser pago, que agora a consolida em todos os canais, sem o remorso judaico-cristão de ver ostracizados os concorrentes diretos, será o mesmo que demagogicamente afirma que as candidaturas não deviam receber donativos particulares?
Este Marcelo, amigo do peito e da hóstia de banqueiros, respeita a identidade partidária que o atual inquilino de Belém, por indigência cívica, não suporta?
Este Marcelo, que foi à Festa do Avante em ecuménico branqueio, será o que denunciou ao padrinho a presença perigosa dos comunistas no Congresso de Aveiro?
Este Marcelo, que aceitou ser presidente da Fundação Casa de Bragança, saberá que o cargo é incompatível com a ética republicana e a presidência da República?
Este histrião pode agradar à populaça mas não serve a democracia.
Ponte Europa / Sorumbático
Comentários
41 anos passados após o 25 de Abril e o candidato a PR, putativo vencedor,seria o mesmo,caso não houvesse revolução!!! Acorda Portugal,algo mexe,em Santa Comba!!!