Faltam 20 dias

Cavaco Silva tem andado numa frenética atribuição de veneras a lembrar Passos Coelho e Portas a fazerem nomeações já depois de a Assembleia da República os ter despedido.

O inquilino de Belém lá vai enfeitando peitos onde sobra espaço para vaidades enquanto Marcelo R. Sousa assumiu a Presidência da República antes da posse.

As insólitas reuniões com o PM e outros membros do Governo tornaram-se habituais, depois das birras de quem trocou a casa da Travessa do Possolo, com duas marquises, por uma década no Palácio de Belém.

Estranha-se que este PR seja humilhado nos últimos dias da permanência em funções, mas Marcelo e António Costa não fazem mais do que interpretar o sentimento do País e sabem que a natureza tem horror ao vazio.

Ainda faltam 20 dias e algumas horas!

Comentários

Manuel Galvão disse…
e há esta : http://www.jornaltornado.pt/deputado-passos-coelho-inaugura-escola-publica-a-funcionar-desde-2013/
Manuel Galvão:

Um ainda é PR mas ninguém o reconhece como tal e outro já não é PM e ainda não sabe.
Manuel Galvão disse…
Discurso do Paulo Rangel em Serralves, citado em http://jas-mim.blogspot.pt/:

a crise que vivemos não é nacional, nem europeia, mas global: uma crise do Estado. A partir da segunda metade do séc.XX, especialmente depois da queda do muro de Berlim e, mais ainda, depois do 11 de Setembro, dá-se a perda da territorialidade. Desterritorialização do poder. De aí as crises da democracia. Porque a vontade da maioria não decide nada. A UE é uma tentativa de resolver isto. Mas isto também não resolve o problema, porque as tecnologias, por exemplo, permitem a desterritorialização. O território não tem a importância de outrora: isto é claríssimo na questão dos mercados. Quem vota neles? O futuro das democracias passará por uma menor importância do voto, mas maior importância dos direitos. De aí que os tribunais sejam instituições de futuro, e os governos instituições do passado. Os populismos não são apenas europeus. Veja-se o que se está a passar nas primárias norte-americanas. O órgão principal na UE é hoje o Conselho Europeu: ele é que define, hoje.

Se a Catalunha tem Bruxelas, já não precisa de Madrid. O mesmo de Edimburgo face a Londres. Hoje para me afirmar no mundo não preciso de Madrid ou Londres, se tenho Bruxelas. Neste sentido, Bruxelas mina o poder interno.

A natureza humana é uma natureza de violência. A Europa esteve sempre em guerra. Devemos preparar-nos para a guerra. Temos que ter um exército europeu. Já em 2010 disse ao Jornal de Negócios que havia forte possibilidade de guerra.
Manuel Galvão disse…
Nada parvo, este homem. Cuidado com ele. O discurso vai de encontro à teoria exposta por um dos advogados de José Sócrates, segundo a qual os agentes da justiça ao mais alto nível têm um projeto político de terem no futuro a última palavra a dizer quanto às decisões dos poderes legislativo e executivo...

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