Passos Coelho: um improvisado incendiário…
Passos Coelho anda a fazer figas para que o novo ciclo político corra mal, embora proclame o inverso. Em mais uma campanha eleitoral para se ‘renovar’ como presidente do partido, no distrito da Guarda, saiu-se com esta:
“Espero não ser chamado, outra vez, com a casa em chamas” link.
Na mesma sessão a sua postura foi explicitada. O presidente da distrital do PSD, Carlos Peixoto, esclareceu: “Aquilo que nós todos não queremos é que o presidente do partido vista outra vez o fato de bombeiro, e venha, outra vez, tirar o país do buraco, para o fazer crescer outra vez” link…
Esta visão piromaníaca do País mostra o verdadeiro calibre, ou melhor o estofo, do dirigente máximo do PSD. Reduzir um País a um pasto incendiável mostra a exacta visão que a direita tem sobre o terreno político onde pretende actuar.
Os pirómanos, como sabemos, ateiam incêndios deliberadamente, deleitam-se com o pasto das chamas e anseiam participar nas suas consequências. Esta atracção pela ‘terra queimada’ é uma característica indisfarçável.
Todavia, este comportamento doentio comparado com as incendiárias declarações que o presidente do PSD anda a produzir pelo País esconde os inevitáveis danos associados e uma consequência incontornável: lucrar com isso. Isto é, desestabilizar o novo ciclo político para ter espaço e (re)aplicar a cartilha neoliberal, cuja ténue suspensão, tanto o incomoda.
Mas o problema é outro. Ao contrário do que pensa não está a preparar-se para qualquer desempenho de bombeiro. Quando muito será o promotor dos fogos, aquele a quem se confia a mecha. Um reles rastilho do mais foleiro estopim.
Depois de tudo ardido acompanhará (apoiará) os salteadores no rescaldo. É a sua especialidade. E mais tarde espera poder apresentar-se aos cidadãos como uma salvífica personagem. Nem sempre as coisas vão correr bem.
Diz o ditado popular: “quem o incêndio busca ou se queima ou se chamusca”.
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