O candidato do PSD, a pena de morte e a castração
Não faço a ofensa ao PSD, nem ao PSD de Cavaco e Passos Coelho, de considerar que o partido se revê no primata que o representa nas eleições autárquicas de Loures, apesar de ungido pelo atual líder que, com os deuses ensandecidos, foi PM num mandato que o PR de turno prolongou ao máximo e ainda tentou renovar-lho ao arrepio da AR.
Passos Coelho só se solidarizou com o racista e xenófobo André Ventura, por teimosia e sem convicção, sendo duvidoso que pudesse ser ele a liderar um partido cujo retrocesso civilizacional dividiria os cúmplices. Para isso, está a tirocinar o próprio Ventura, mais ilustrado e desvairado, que rivalizaria com os líderes da Hungria e da Polónia.
Há quem tema, nas eleições autárquicas de Loures, um eventual bom resultado desse tal Ventura. Seria o ensaio para um partido de massas neofascista, o que não é impossível.
Os casos recentes de populistas, que ganharam eleições, são assustadores e nem os EUA escaparam, numa vertigem suicida que iniciou o declínio da maior potência económica e militar.
Em Portugal, a defesa da pena de morte era uma posição reservada a marginais distantes do poder tal como a “castração química dos abusadores” [pedófilos e violadores (?)] que esse Ventura defende com o argumento de que nos EUA “a taxa de reincidência passou de 75% para apenas 2%”. Pudera! Dificilmente um castrado reincidiria e, se a castração fosse profilática, certamente tenderiam para zero as violações.
Um inglês que assistiu no Campo Pequeno, antes de embolarem o touro, a serrarem-lhe os cornos, perguntou ao serrador se gostaria que lhe fizessem o mesmo. Era a pergunta que o Ventura merecia em relação à castração.
Passos Coelho só se solidarizou com o racista e xenófobo André Ventura, por teimosia e sem convicção, sendo duvidoso que pudesse ser ele a liderar um partido cujo retrocesso civilizacional dividiria os cúmplices. Para isso, está a tirocinar o próprio Ventura, mais ilustrado e desvairado, que rivalizaria com os líderes da Hungria e da Polónia.
Há quem tema, nas eleições autárquicas de Loures, um eventual bom resultado desse tal Ventura. Seria o ensaio para um partido de massas neofascista, o que não é impossível.
Os casos recentes de populistas, que ganharam eleições, são assustadores e nem os EUA escaparam, numa vertigem suicida que iniciou o declínio da maior potência económica e militar.
Em Portugal, a defesa da pena de morte era uma posição reservada a marginais distantes do poder tal como a “castração química dos abusadores” [pedófilos e violadores (?)] que esse Ventura defende com o argumento de que nos EUA “a taxa de reincidência passou de 75% para apenas 2%”. Pudera! Dificilmente um castrado reincidiria e, se a castração fosse profilática, certamente tenderiam para zero as violações.
Um inglês que assistiu no Campo Pequeno, antes de embolarem o touro, a serrarem-lhe os cornos, perguntou ao serrador se gostaria que lhe fizessem o mesmo. Era a pergunta que o Ventura merecia em relação à castração.
Comentários
Para ‘provar’ isso basta ler com atenção o discurso de Passos Coelho no Pontal e dissecar a sua arenga sobre as alterações às leis sobre emigrantes.
Quando o dirigente nacional do PSD diz que ‘não quer qualquer um a viver em Portugal’ link é natural que o Sr. Ventura apareça a querer ‘diabolizar’ e ‘escorraçar’ os ciganos de Loures.
O racismo sempre viveu de braço dado com a xenofobia.
Por outro lado, o candidato à Câmara de Loures não é propriamente um paraquedista. Tem um arrastado percurso partidário que começa na JSD para, no presente, pertencer à Comissão política nacional do PSD.
É verdade que esta realidade choca com muitos portugueses que estão filiados no PSD. Mas essa circunstância não deve obscurecer a eventualidade de uma 'deriva populista' encabeçada pela clique dirigida por Passos Coelho, poder estar em marcha.