Trump: o exorcista de furacões…


Ontem, na SIC Notícias, durante a transmissão da rubrica semanal Tabu, com a participação de Francisco Louçã, foi exibido mais um 'momento Zen'.
 
Quase não dá para acreditar!
 
Na sequência do tufão Harvey, Donald Trump,  rodeado de pastores evangélicos e católicos assina uma ‘recomendação(?)/ declaração(?)’  para um ‘dia nacional de oração’ link.
 
Organizou para o efeito uma ‘oração ecuménica’, na Casa Branca, para manifestar a sua consternação, pesar e solidariedade pelas vítimas e pelos estragos causados pelo furacão Harvey https://www.youtube.com/watch?v=NVv0Z9fTawU , onde um círculo de ‘respeitados e devotos amigos’, pela voz de pastor batista Robert Jeffress (à direita do Presidente na foto) agradece a dádiva da eleição do Presidente (I thank God that He has given us a president like Donald Trump…), do vice-Presidente e, no fervor da oratória, estende as bênçãos até à primeira-dama. No fim o Presidente emocionado agradeceu ao oficiante.
 
Bem, ficamos sem saber se a cerimónia oficiada na Casa Branca é o lançamento de nova cruzada (contra as intempéries e pela consagração do 'titã' Trump) ou se um fervoroso arrependimento pelo rasgar dos ‘Acordos de Paris’.
 
O tempo o dirá. Mas nem mesmo o tempo foi clemente. Depois do tufão Harvery, vieram mais furacões (Irma, José,…) e o que adiante se verá.
 
As preces não acalmaram a Natureza (em fúria)… pelo que “o caminho da redenção” deverá ser outro.

Comentários

Manuel Rocha disse…
e-pá, boa malha!
Mas um dia que tenha tempo , e se estiver para aí virado, logo me conta por alma de quem é que convocou os "acordos de Paris".

Cump.
e-pá! disse…
Caro Manuel Rocha:

O acordo de Paris é como sabemos um ‘bastard agrément’ já que foi desenhado e controlado pelas potências mundiais mais poluidoras.

Este acordo não tem a força de um Tratado (e há muitos que não são cumpridos) mas evidenciava possuir algum peso político. Em Paris forjou-se um compromisso duramente negociado com os americanos aí representados (Administração Obama).

Donald Trump não quer compromissos - o ‘isolacionismo populista’ julga poder dispensá-los - mas sabemos que não há política sem isso.

As alterações climáticas no Mundo – e particularmente nas Antilhas, Caribe e Florida – não têm uma ‘solução americana’. Logo, são precisos acordos (o de Paris ou outros). Bombardeá-los com ‘fúria’ - rasgá-los - não resulta.
Aliás, o resultado imediato para consumo interno só dura até à vinda de um novo ‘Furacão’ ou até ao dia em que as pessoas se interroguem porquê. E um dia - fora do âmbito místico - Trump prestará contas do que fez.
Agostinho disse…
É por que razão não o levam para o olho do furacão que envolveria de toda a mácula?

Abraço.
Manuel Rocha disse…
e-pá !

Trazendo a polémica para dentro do nosso "rectângulo de jogo": sabe, eu tb não gosto nada dos incêndios florestais. Ainda por cima, como moro em zona florestal, passo o verão com o "credo na boca". Mas daí a culpar os eucaliptos ou o clima pelo que se tem vindo a passar em matéria de fogos, vai um salto complicado. Na verdade, a menos que exista uma causalidade demonstrada ( e não mera correlação ) entre esses fenómenos, estariamos perante um salto-de-fé, cena que , penso eu, não nos assiste. Assim sendo, pergunto: de que raios é que vc está a falar exactamente qd se refere de forma tão assertiva às «alterações climáticas ...particularmente nas Antilhas...» ??


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