Obrigado, Passos Coelho

Quando o líder do PSD exigiu ao Governo que prestasse contas dos donativos recebidos para as vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande e outros concelhos, não era a dúvida sobre a honestidade do atual Governo que o dilacerava, era a forma de zelar por verbas que estavam nas mãos de entidades cuja contabilidade escapa aos poderes públicos.

Finalmente, Passos Coelho contribuiu para a transparência que nunca praticou, mas que exige – e bem –, aos outros.

Só surpreende a forma dissimulada como obrigou as Misericórdias, a Cáritas e a Fundação Gulbenkian, sobretudo as duas primeiras, com orçamentos mais opacos, a darem ao País os esclarecimentos que devem e, quem sabe, a evitar tentações de apropriação de fundos por pessoas sem escrúpulos que se acoitam em instituições tão insuspeitas.

Comentários

Maia disse…
Uma obra prima de fina ironia

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides