Parece que todos nós temos algo de que nos envergonhamos. Eu, por exemplo e, falando da Igreja Católica, envergono-me por algumas atitudes, posições tomadas, alguns religiosos...
No "meu PS" a mesma coisa. Pelo menos tenho alguma esperança de que o todo não provém do particular e depois que estando "dentro" de tais organismos posso sempre tentar alertar e fazer valer o meu ponto de vista.
A vida em sociedade é assim mesmo, um confronto constanste de sensibilidades, ideologias e interesses.
Eis uma resposta brilhante que eu gostaria de ter dado se a quetão me tivesse sido colocada. Só que ninguém me perguntou e. por outro lado, eu já não tenho vergonha...
Os valores que apresentamos no chamado “coeficiente de Gini” (em 2004), traduzem uma medida de desigualdade impressionante para um País do 1º. Mundo: 41 % Por outro lado, para o Comissariado Europeu para os Assuntos Sociais, a taxa de população em risco de pobreza em Portugal era em 2004, cerca de 20 %
Katharina von Schnurbein, porta-voz do Comissário Europeu para os Assuntos Sociais quando interrogada sobre esta diferença entre Portugal e o resto da UE e como a explica, responde laconicamente: - Numa palavra, Educação. Lacónica, mas mortífera!
Portanto, uma dupla vergonha: Uma, pela desigualdade em si; Outra, pela Educação que ao longo de gerações temos sido capazes de proporcionar aos nossos compatriotas, a nós mesmos, aos nossos filhos,...
Bem, neste âmbito, e neste País, saltam-me à memória as paradoxais palavras de Bernard Shaw: "Um homem é tão mais respeitável quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha".
Comecemos por aí, por nos envergonharmos. Mas não nos deixemos ficar aí. Num País como o nosso é necessário atribuir a prioridade máxima ao combate à pobreza, promovendo a inclusão económica, social, educativa, cultural.
Caro é-pá, Com toda a consideração e respeito pelo seu comentário, que compreendo, gostaria todavia de dizer que, se todo o homem decente se deve envergonhar do governo sob o qual vive, como disse Mencken, há momentos em que é preciso ter coragem de ignorar a vergonha e passar apenas a desprezá-lo.
Apenas uma pequena nota: os relatórios agora vindos a público referem-se ao ano de 2004, quando estava no poder a coligação CDS/PSD, pelo que estes dois partidos não têm autoridade moral para criticar este Governo pela situação. Mas isto, evidentemente, não serve de desculpa para ninguém, pois não me parece que de 2004 para cá a situação tenha melhorado significativamente. Como muito bem diz e-pá, "é necessário atribuir a prioridade máxima ao combate à pobreza, promovendo a inclusão económica, social, educativa, cultural." Isto vale para qualquer Governo minimamente patriótico, mas vale sobretudo para um Governo que assume a responsabilidade de se dizer socialista.
Apenas uma pequena nota: os relatórios agora vindos a público referem-se ao ano de 2004, quando estava no poder a coligação CDS/PSD, pelo que estes dois partidos não têm autoridade moral para criticar este Governo pela situação. Mas isto, evidentemente, não serve de desculpa para ninguém, pois não me parece que de 2004 para cá a situação tenha melhorado significativamente. Como muito bem diz e-pá, "é necessário atribuir a prioridade máxima ao combate à pobreza, promovendo a inclusão económica, social, educativa, cultural." Isto vale para qualquer Governo minimamente patriótico, mas vale sobretudo para um Governo que assume a responsabilidade de se dizer socialista.
Anónimo disse…
A transcrição feita por "é-pá!" sobre as palavras paradoxais de Bernard Shaw:
"Um homem é tão mais respeitável quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha".
acho que diz tudo!
Mas "É-pá!" ainda cita a sra. von Schnurbein, "explicando" a diferença entre Portugal e o resto da UE, " Numa palavra, Educação".
In fact, "mortíferas" estas 2 citações de "é-pá!"!
Chegam-me, a força e expontaneidade de CEsperança, no seu artigo,
e estas enormes contribuições- acescimos de "É -pá!", para bastas reflexões interiores...
Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
1789 – A Assembleia Constituinte francesa aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. (Fizeram mais os deputados franceses num só dia do que todos os clérigos desde que o deus de cada um deles criou o Mundo). 1931 – Tentativa de golpe de Estado em Portugal contra a ditadura. (Há azares que se pagam durante duas gerações. Este levou quase 43 anos a reparar). 2004 – O Supremo Tribunal do Chile retirou a imunidade ao antigo ditador Augusto Pinochet. (Vale mais tarde do que nunca).
Comentários
Parece que todos nós temos algo de que nos envergonhamos. Eu, por exemplo e, falando da Igreja Católica, envergono-me por algumas atitudes, posições tomadas, alguns religiosos...
No "meu PS" a mesma coisa. Pelo menos tenho alguma esperança de que o todo não provém do particular e depois que estando "dentro" de tais organismos posso sempre tentar alertar e fazer valer o meu ponto de vista.
A vida em sociedade é assim mesmo, um confronto constanste de sensibilidades, ideologias e interesses.
Só que ninguém me perguntou e. por outro lado, eu já não tenho vergonha...
Por outro lado, para o Comissariado Europeu para os Assuntos Sociais, a taxa de população em risco de pobreza em Portugal era em 2004, cerca de 20 %
Katharina von Schnurbein, porta-voz do Comissário Europeu para os Assuntos Sociais quando interrogada sobre esta diferença entre Portugal e o resto da UE e como a explica, responde laconicamente:
- Numa palavra, Educação.
Lacónica, mas mortífera!
Portanto, uma dupla vergonha:
Uma, pela desigualdade em si;
Outra, pela Educação que ao longo de gerações temos sido capazes de proporcionar aos nossos compatriotas, a nós mesmos, aos nossos filhos,...
Bem, neste âmbito, e neste País, saltam-me à memória as paradoxais palavras de Bernard Shaw:
"Um homem é tão mais respeitável quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha".
Comecemos por aí, por nos envergonharmos. Mas não nos deixemos ficar aí.
Num País como o nosso é necessário atribuir a prioridade máxima ao combate à pobreza, promovendo a inclusão económica, social, educativa, cultural.
Para não morrermos de vergonha!
Com toda a consideração e respeito pelo seu comentário, que compreendo, gostaria todavia de dizer que, se todo o homem decente se deve envergonhar do governo sob o qual vive, como disse Mencken, há momentos em que é preciso ter coragem de ignorar a vergonha e passar apenas a desprezá-lo.
A semântica é uma “coisa” terrível…
Cumpts.
Mas isto, evidentemente, não serve de desculpa para ninguém, pois não me parece que de 2004 para cá a situação tenha melhorado significativamente.
Como muito bem diz e-pá, "é necessário atribuir a prioridade máxima ao combate à pobreza, promovendo a inclusão económica, social, educativa, cultural." Isto vale para qualquer Governo minimamente patriótico, mas vale sobretudo para um Governo que assume a responsabilidade de se dizer socialista.
Mas isto, evidentemente, não serve de desculpa para ninguém, pois não me parece que de 2004 para cá a situação tenha melhorado significativamente.
Como muito bem diz e-pá, "é necessário atribuir a prioridade máxima ao combate à pobreza, promovendo a inclusão económica, social, educativa, cultural." Isto vale para qualquer Governo minimamente patriótico, mas vale sobretudo para um Governo que assume a responsabilidade de se dizer socialista.
"Um homem é tão mais respeitável quanto mais numerosas são as coisas das quais se envergonha".
acho que diz tudo!
Mas "É-pá!" ainda cita a sra. von Schnurbein, "explicando" a diferença entre Portugal e o resto da UE, " Numa palavra, Educação".
In fact, "mortíferas" estas 2 citações de "é-pá!"!
Chegam-me, a força e expontaneidade de CEsperança, no seu artigo,
e estas enormes contribuições- acescimos de "É -pá!", para bastas reflexões interiores...
Obrigada a ambos...