Espanha - Ingerência clerical no ensino público
Uma nova polémica surgiu entre a Igreja Católica e o governo da Espanha, após a aprovação no país de "leis éticas" que prevêem a "educação à cidadania" obrigatória nas escolas.
Após a divulgação da medida, a Conferência Episcopal espanhola fez um apelo aos pais que declarem "objeção de consciência" e peçam que seus filhos sejam liberados das aulas.
Adenda: A ofensiva clerical contra o Governo de Zapatero não parou com a derrota eleitoral da Conferência Episcopal que se colocou pública e abertamente ao lado do PP.
Após a divulgação da medida, a Conferência Episcopal espanhola fez um apelo aos pais que declarem "objeção de consciência" e peçam que seus filhos sejam liberados das aulas.
Adenda: A ofensiva clerical contra o Governo de Zapatero não parou com a derrota eleitoral da Conferência Episcopal que se colocou pública e abertamente ao lado do PP.
Comentários
É notória a vontade da hierarquia católica, em desencadear artificialmente uma questão religiosa, donde espera colher lucros...políticos.
E económicos. Pretende continuar adominar, através de colégios de padres e freiras o ensino primário e secundário, na Espanha pós-franquista.
Deixemos de lado as universidades ligadas à Opus Dei ou aos Jesuítas.
O apelo à "objeção de consciência" (objecção ou objeção?), num País onde (segundo me parece) grande parte do Ensino médio se encontra nas mãos de eclesiásticos, é uma declaração de guerra à "educação à cidadania", diria eu, disciplina necessária a todas as nações civilizadas.
Ainda compreendia que reivindicassem aulas de Religião e Moral, como alguns de nós tivemos de suportar, por aqui, durante anos.
Mas objecção ao ensino de educação e cidadania é, nem mais nem menos, do que um apelo ao regresso à Idade das Trevas.
É uma espécie de terrorismo civilizacional...
Quando falam em liberdades é caso para ficarmos todos preocupados. Mas eles só se preocupam com as suas próprias liberdades, nomeadamente quando lhes afecta o dinheiro e influência.
Têm agora tempo e recursos humanos para montarem uma rede de ensino de R&M ao estilo dos centros de explicações que proliferam um pouco por todo o país, adquirindo o imóvel ou pagando renda e os respectivos impostos afectos a toda essa actividade.