A "crise xenófoba" que se verifica na Africa do Sul, segundo a interpretação do Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, mostra: "a intolerância provocada pela pobreza se estende e se agrava no mundo todo". E acrescentou, precisando que situações idênticas podem repetir-se: "em qualquer lugar e momento, em países industrializados ou em desenvolvimento". Defendeu que a maneira mais eficaz de evitá-las é "criando condições de vida melhores para os pobres".
Neste momento as populações movimentam-se, i. e., refugiam-se por diversos motivos: 1.) conflitos armados; 2.) pobreza extrema; 3.) mudanças climáticas devastadoras.
A conjugação destes 3 factores pode estar a suceder na Africa d Sul. Mas o problema é mundial.
A comunidade internacional terá de arranjar outros mecanismos de defesa humanitários, já que a protecçãotemporária não resolve estes problemas que são estruturais.
Mais de 25 mil imigrantes já fugiram da onda de violência xenófoba em bairros periféricos da África do Sul e concentram-se em centros provisórios, onde enfrentam condições precárias de higiene e baixas temperaturas.
A violência que começou nos bairros degradados de Johannesburgo e espalhou-se para Durban, cidade portuária no Oceano Índico e para a Cidade do Cabo, a sudoeste, centro turístico e sede do Parlamento. Neste momento a situação é dramática e ocorre em sete das nove Províncias do país. Na realidade um País em crise, que necessita da intervenção internacional, através das suas organizações, nomeadamente, da ONU.
Os protestos anti-racistas e anti-xenófobos, são a tradução de uma consciencia cívica em movimento, mas incapaz de controlar a situação que, segundo nos apercebemos, agrava-se diariamente.
A crise petrolífera, bem como o disparar dos custos dos cerais, fazem lembrar os tempos da pré-Revolução Francesa onde faltava o pão e o exército guardava as padarias, a fim de evitar motins. A presença do Exército - que hoje também se encontra na rua na Africa do Sul - nem evitou a fome, nem a Revolução.
Uma ruptura social parece iminente na Africa do Sul, com capacidade de contaminar outros Países africanos e atingir o resto do Mundo. Não podemos ficar indiferentes a esta tragédia, a pior desde o fim do apartheid em 1994.
Anónimo disse…
è sim senhor!
e, julgo, tem as suas raízes próximas, nas desigualdades sociais,
na exploração que elas induzem
na incapacidade de se promover uma "segregação positiva"
que esbata as diferenças de educação, de aptidão produtiva, das raças maioritarias
vitimas anteriores das colonizações
e hoje dos "novos ricos" que lhes sucederam
dramaticamente em nome de grandes ideais de liberdade, desenvolvimento, igualdade
Dói ver e constatar isto e mais aqui escrever o que escrevo...
Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c...
1789 – A Assembleia Constituinte francesa aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. (Fizeram mais os deputados franceses num só dia do que todos os clérigos desde que o deus de cada um deles criou o Mundo). 1931 – Tentativa de golpe de Estado em Portugal contra a ditadura. (Há azares que se pagam durante duas gerações. Este levou quase 43 anos a reparar). 2004 – O Supremo Tribunal do Chile retirou a imunidade ao antigo ditador Augusto Pinochet. (Vale mais tarde do que nunca).
Comentários
"a intolerância provocada pela pobreza se estende e se agrava no mundo todo".
E acrescentou, precisando que situações idênticas podem repetir-se:
"em qualquer lugar e momento, em países industrializados ou em desenvolvimento".
Defendeu que a maneira mais eficaz de evitá-las é "criando condições de vida melhores para os pobres".
Neste momento as populações movimentam-se, i. e., refugiam-se por diversos motivos:
1.) conflitos armados;
2.) pobreza extrema;
3.) mudanças climáticas devastadoras.
A conjugação destes 3 factores pode estar a suceder na Africa d Sul. Mas o problema é mundial.
A comunidade internacional terá de arranjar outros mecanismos de defesa humanitários, já que a protecçãotemporária não resolve estes problemas que são estruturais.
Mais de 25 mil imigrantes já fugiram da onda de violência xenófoba em bairros periféricos da África do Sul e concentram-se em centros provisórios, onde enfrentam condições precárias de higiene e baixas temperaturas.
A violência que começou nos bairros degradados de Johannesburgo e espalhou-se para Durban, cidade portuária no Oceano Índico e para a Cidade do Cabo, a sudoeste, centro turístico e sede do Parlamento.
Neste momento a situação é dramática e ocorre em sete das nove Províncias do país.
Na realidade um País em crise, que necessita da intervenção internacional, através das suas organizações, nomeadamente, da ONU.
Os protestos anti-racistas e anti-xenófobos, são a tradução de uma consciencia cívica em movimento, mas incapaz de controlar a situação que, segundo nos apercebemos, agrava-se diariamente.
A crise petrolífera, bem como o disparar dos custos dos cerais, fazem lembrar os tempos da pré-Revolução Francesa onde faltava o pão e o exército guardava as padarias, a fim de evitar motins.
A presença do Exército - que hoje também se encontra na rua na Africa do Sul - nem evitou a fome, nem a Revolução.
Uma ruptura social parece iminente na Africa do Sul, com capacidade de contaminar outros Países africanos e atingir o resto do Mundo.
Não podemos ficar indiferentes a esta tragédia, a pior desde o fim do apartheid em 1994.
e, julgo, tem as suas raízes próximas, nas desigualdades sociais,
na exploração que elas induzem
na incapacidade de se promover uma "segregação positiva"
que esbata as diferenças de educação, de aptidão produtiva, das raças maioritarias
vitimas anteriores das colonizações
e hoje dos "novos ricos" que lhes sucederam
dramaticamente em nome de grandes ideais de liberdade, desenvolvimento, igualdade
Dói ver e constatar isto e mais aqui escrever o que escrevo...