Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c...
Comentários
ver em
http://www.gapminder.org/downloads/presentations/human-development-trends-2005.html
Projecta-se para 2015 , 10%.
PS: $1/dia em paridade de poder de compra 1970 e 2000. Ou seja o que hoje dizemos 1$ é a quantidade de bens que se compra se os preços fossem de 1970, ou seja nominalmente podemos estar a falar de mais ou menos conforme haja inf ou deflacao.
«Há muitas razões para censurar o governo».
J. Sócretino
O Esperança não nos quer explicar quais são essas «muitas razões»? É que eu nem acho que existam assim tantas razões.
Eu só encontro uma razão: o sócretino é um mentiroso.
Mentiu acerca da subida de impostos; mentiu acerca do referendo europeu; mentiu àcerca dos 150000 empregos; e mentiu àcerca da revogação do código do trabalho. Ah... Pois... Realmente há muitas razões.
Depois de um período de excesso de produção agrícola que levou ao escândalo de assistirmos a enormes destruições de bens alimentares com o intuito de manter ou manipular preços, de repente, voltamos a um quadro que é familiar para a consciência de toda a Humanidade, mas que andava esquecido.
Todos nós somos do tempo das “montanhas de manteiga” e “lagos de leite” na Europa. Durante décadas, A EU pensou que era capaz de garantir a estabilidade de preços.
Para isso, comprou excedentes de produção, subsidiou exportações e acumulou enormes reservas. Um erro económicos, de economia agrária, que ninguém assume. Foi a PAC negociada, renegociada e subsidiada no seio da UE.
Os absurdos da política agrícola europeia que motivaram a pretensão do controle dos preços, foram vitimas de drásticas reduções das reservas.
Criou-se a instabilidade do mercado. O tal mercado que tudo regula, mas quando perturbado, é o primeiro factor de descontrolo e uma caixa de ressonância para o agravamento da situação.
Em 2007, por exemplo, os stocks de manteiga e leite em pó na EU foram completamente gastos. Isto não sucedia há mais de 40 anos!
Mas, não tenhamos ilusões a crise mundial de alimentos – sejamos realistas – o espectro da fome, atinge essencialmente a América Latina e Africa.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, perante uma delegação de 17 países latino americanos, apelou:
“Necesitamos la cooperación activa de los gobiernos y pueblos de Centroamérica para alcanzar la meta de compartir recursos por más de 600 millones de dólares específicamente para promover mayor producción de arroz, fríjol, maíz entre otros productos de necesitan nuestra gente”, disse ao mesmo tempo que incentivou os assistentes a “evitar el encarecimiento y la escasez de esos productos de primera necesidad”.
Mais, fez um estimulante incentivo à reactivação do mercado interno de produtos agro-pecuários e tradicionais. Um grito de alarme que será, com toda a probabilidade, ignorado no contexto da economia global.
A especulação dos preços do mercado, nomeadamente dos produtos alimentares básicos é sustentado por empresas sem escrúpulos que se aproveitam dos tempos de crise. É a filosofia da "soberania alimentar" que cada vez tem mais adeptos no 3º. Mundo.
Conhecemos o processo em Portugal, com os cereais, nomeadamente como trigo e as especulações sobre o preço do pão.
Uma das soluções é o intercâmbio de produtos se não existirem directivas (como na EU) que fixam quotas de produção (p. exº.: leite nos Açores).
A América Central é. segundo as projecções do Banco Mundial, ONU e FMI, uma das zonas do globo mais vulneráveis à fome.
Entretanto, excluindo apelos efémeros e fortuitos do tipo do proferido pelo euro deputado José Silva Penedo:
“900 milhões de pessoas vivem com um dólar por dia e a maioria das pessoas pobres depende directa ou indirectamente da agricultura para a sua subsistência...."
A Europa dorme descansada.
Até um dia venha a ser sacudida pela fúria dos "descamisados" que tudo varrem na sua frente e, posteriormente os pensadores, os políticos, os estrategas da economia, lhes chamem tiranos, terroristas, inadaptados, ou, simplesmente:
- uns incontroláveis famintos.
É isso que estamos a criar!
Os políticos portugueses liquidaram a agricultura, acabaram com os alentejanos, aqueles comunistas, coitados.
Agora, é preciso produzir e este governo é incapaz de encontrar soluções.