O Lobo Mau e o Capuchinho
Passos Coelho defende na Madeira aprofundamento das autonomias regionais
O candidato à liderança do PSD apoiado pelo presidente da Associação Nacional dos Municípios, um autarca que sofre de erisipela quando pressente limitações ao regabofe autárquico, foi à Madeira defender o «aprofundamento das autonomias regionais».
Para quem defende o desmantelamento do Estado, trata-se de uma incoerência aumentar os poderes de um Estado de opereta que o sátrapa local edificou com a cumplicidade ou cobardia dos sucessivos Governos presidentes da República.
Para ganhar votos no mercado partidário vale tudo, mas não se pode negociar, em nome de uma carreira política, o futuro do País, o ordenamento jurídico e a Constituição da República. Pedro Passos Coelho ainda não disse como pretenderia gerir o Governo, se o tomasse, com um bando de neoliberais, mas já promete dissipar o poder para o entregar a quem não merece a confiança do País mas, apenas, da clientela autóctone.
Não é o inexperiente político que intimida. Sabemos como se bateu contra as propinas o estudante que exigia tudo ao Estado à custa dos contribuintes e pretende agora desfazer-se do Estado para o entregar à iniciativa privada. O que apavora é ver atrás dele Paulo Teixeira Pinto cuja inteligência e perigosidade não passam despercebidas a quem anda atento à política.
Estranhamente, quem defende o dinamismo das autonomias insulares – Passos Coelho – não parece estar interessado na criação das cinco regiões continentais que facilitariam a descentralização administrativa e diminuiriam as assimetrias nacionais.
O candidato à liderança do PSD apoiado pelo presidente da Associação Nacional dos Municípios, um autarca que sofre de erisipela quando pressente limitações ao regabofe autárquico, foi à Madeira defender o «aprofundamento das autonomias regionais».
Para quem defende o desmantelamento do Estado, trata-se de uma incoerência aumentar os poderes de um Estado de opereta que o sátrapa local edificou com a cumplicidade ou cobardia dos sucessivos Governos presidentes da República.
Para ganhar votos no mercado partidário vale tudo, mas não se pode negociar, em nome de uma carreira política, o futuro do País, o ordenamento jurídico e a Constituição da República. Pedro Passos Coelho ainda não disse como pretenderia gerir o Governo, se o tomasse, com um bando de neoliberais, mas já promete dissipar o poder para o entregar a quem não merece a confiança do País mas, apenas, da clientela autóctone.
Não é o inexperiente político que intimida. Sabemos como se bateu contra as propinas o estudante que exigia tudo ao Estado à custa dos contribuintes e pretende agora desfazer-se do Estado para o entregar à iniciativa privada. O que apavora é ver atrás dele Paulo Teixeira Pinto cuja inteligência e perigosidade não passam despercebidas a quem anda atento à política.
Estranhamente, quem defende o dinamismo das autonomias insulares – Passos Coelho – não parece estar interessado na criação das cinco regiões continentais que facilitariam a descentralização administrativa e diminuiriam as assimetrias nacionais.
Entre os bandos politicamente perigosos que infiltram as candidaturas de Santana Lopes e de Passos Coelho e os melancólicos barões que apoiam Manuela Ferreira Leite há uma diferença não negligenciável.
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A última candidata, pelo menos, tem sentido de Estado e não faria do Governo um laboratório de experiências neoliberais capaz de conduzir o País ao abismo em que o deixou Santana Lopes.
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Passos Coelho tem gente com ele capaz de fazer ainda pior.
Comentários
abraço