Israel – 60 anos de história

Os horrores sofridos pelos judeus ao longo dos séculos, o cheiro a gás dos campos de concentração nazi e a orgia genocida do anti-semitismo levaram a ONU a conceder uma pátria a um povo martirizado pela persistência em manter a identidade.

A má consciência mundial, três anos após a libertação de Auschwitz, esteve na origem da decisão.

Os fantasmas religiosos nunca deixaram de estar presentes e atiçar ódios a um país que foi outorgado aos judeus e de que os palestinianos nunca abdicaram.

Seis décadas deviam chegar para erradicar o imperialismo sionista e para persuadir os palestinianos a tolerarem a existência de Israel. Este país, apesar das críticas que suscita, não obstante o fundamentalismo beato e agressivo dos judeus das trancinhas, é um estado próspero e rege-se por normas democráticas.

Os palestinianos islamizados até ao absurdo, pobres e abandonados, tornaram-se a carne para canhão das ambiciosas teocracias que emergem como potências regionais e o álibi para alterar o mapa geopolítico.

Os judeus acreditam que são o povo escolhido por Deus, os palestinianos têm a certeza de que Deus os ajudará a destruir Israel e os cristãos evangélicos dos EUA anseiam pelo regresso dos judeus à Palestina para anteciparem o regresso de Cristo à Terra.

Entre a demência mística, os interesses estratégicos, a maldição do petróleo e os negócios internacionais, o barril de pólvora está cada vez mais próximo do rastilho que ameaça explodir o Médio Oriente e alastrar a outras regiões do globo.

De pouco valem posições equilibradas de quem se opõe simultaneamente à destruição de Israel e ao expansionismo sionista.

Sem paz entre os judeus e os palestinianos não há futuro para nenhum deles e sobram ameaças para o resto do mundo.

Comentários

Anónimo disse…
A culpa em Israel foi de uma tal "Partido Socialista"

ou não foi ?????

se calhar não foi, querem ver!!!!
Anónimo disse…
em israel, obviamente referia-me aos Judeus !!!!
Camarelli disse…
Caro CE:

100 personalidades judias abstêm-se de comemorar o aniversário do estado de Israel (notícia do The Guardian):

http://www.guardian.co.uk/world/2008/apr/30/israelandthepalestinians

Um texto que devia ser lido por quem ainda entende a oposição ao sionismo como uma manifestação de anti-semitismo. Uma confusão que tem sido alimentada pelos defensores do sionismo e papagueada pelos me(r)dia.

O problema não está em que um determinado grupo deseje governar soberanamente um território, mas sim a forma como o concretizam. No caso de Israel, pela imposição da guerra e pela impunidade que gozam graças às feras que habitam a casa branca.

Carlos Daniel
Anónimo disse…
este hippie anterior de vez em quando sai do acampamento e vem à blogosfera despejar a sua verborreia.
Jovem, se queres ser hippie, nada contra. Não nos tomes é de parvos e venhas propagandear o que aprendeste com os alemaes e ingleses que vivem à custa da segurança social do pais deles!
Anónimo disse…
Carlos Daniel:

Creio que, do que escrevi, não se depreende qualquer confusão entre sionismo e anti-semitismo. Mas muitos a fazem (interessados), é verdade.

Obrigado pelo link.
Vítor Ramalho disse…
Quando se fala mal do sionismo, vêm logo um lacaio da Mossad insultar quem o faz.
Deixo aqui uma frase escrita por um Judeu Ortodoxo a propósito do holocausto: “ Os mortos choram-se ou vingam-se não se faz deles um negócio”
Anónimo disse…
Judeus ou israelitas.Ah! já me esquecia que o Estado 'democrático' de Israel é tão ou mais teocrático do que o Irão.Mas,como é o policia dos EUA há que ter tento na lingua,n'é?
Anónimo disse…
Anónimo Qui Mai 15, 01:19:00 PM:

Compare a liberdade de imprensa e os direitos das mulheres em Israel e no Irão.

Verá então a enormidade da comparação.

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