GERAÇÃO À RASCA
A avaliar pelo teor do "manifesto" que circula na internet convocando as manifestações de protesto da auto-denominada "geração à rasca", é-se tentado a pensar que muitos dos seus promotores são dos que contribuiram para "eleger" o ditador Salazar como o maior político português de todos os tempos.
E de facto no tempo de Salazar não existiam os problemas referidos no tal "manifesto", designadamente a falta de empregos compatíveis com as habilitações literárias de muitos jovens. Por uma razão muito simples: o ensino era elitista, limitando-se o ensino obrigatório à instrução primária, isto é, à 4ª classe (aliás, se não estou em erro, creio mesmo que ele só era obrigatório até à 3ª classe, sendo a 4º - em que nos metiam na cabeça os cognomes dos reis, todos os rios, serras e itinerários dos combóios de Portugal - uma espécie de "mestrado" facultativo).
Ora tal não acontecia por acaso, nem apenas pela proverbial sovinice do ditador. Com efeito, nos anos 60 a pobreza do ensino em Portugal, em comparação com os outros países da Europa, era de tal modo chocante e vergonhosa que alguns ministros mais "modernos" ou "tecnocratas" se atreveram a sugerir a Salazar que alargasse um pouco o número de anos de ensino geral e obrigatório. Mas ele recusou-se sempre a fazê-lo, alegando qualquer coisa como isto: "não convém dar-lhes instrução a mais, porque depois não conseguem arranjar emprego à altura dessa instrução e sentem-se frustrados e revoltados".
Era esperto, o "Manholas"! Com ele não havia "gerações à rasca"! Havia emprego para todos, como pedreiros, varredores, etc.! E não vinham para cá estrangeiros exercer essas profissões humildes que agora os portugueses já não querem!
E de facto no tempo de Salazar não existiam os problemas referidos no tal "manifesto", designadamente a falta de empregos compatíveis com as habilitações literárias de muitos jovens. Por uma razão muito simples: o ensino era elitista, limitando-se o ensino obrigatório à instrução primária, isto é, à 4ª classe (aliás, se não estou em erro, creio mesmo que ele só era obrigatório até à 3ª classe, sendo a 4º - em que nos metiam na cabeça os cognomes dos reis, todos os rios, serras e itinerários dos combóios de Portugal - uma espécie de "mestrado" facultativo).
Ora tal não acontecia por acaso, nem apenas pela proverbial sovinice do ditador. Com efeito, nos anos 60 a pobreza do ensino em Portugal, em comparação com os outros países da Europa, era de tal modo chocante e vergonhosa que alguns ministros mais "modernos" ou "tecnocratas" se atreveram a sugerir a Salazar que alargasse um pouco o número de anos de ensino geral e obrigatório. Mas ele recusou-se sempre a fazê-lo, alegando qualquer coisa como isto: "não convém dar-lhes instrução a mais, porque depois não conseguem arranjar emprego à altura dessa instrução e sentem-se frustrados e revoltados".
Era esperto, o "Manholas"! Com ele não havia "gerações à rasca"! Havia emprego para todos, como pedreiros, varredores, etc.! E não vinham para cá estrangeiros exercer essas profissões humildes que agora os portugueses já não querem!
Comentários
respondia a interesses nacionais
a um planeamento primitivo que deixou de existir
governa-se por capricho
quais as necessidades nacionais?
criam-se expectativas nuns
protegem-se interesses noutros
Na verdade, vivemos em total amnésia histórica.
A "geração de 60" em que só "alguns" tinham acesso à formação técnico-científica diferenciada, que habitava um País dominado pelo medo e a repressão, que era obrigada a fazer "profissões de fé" anti-subversivas para aceder ou garantir o emprego, que foi enviada massivamente para uma guerra colonial, que conheceu a diáspora por motivos políticos... não foi [uma geração] privilegiada!
Mas tem as costas largas...
A "manifestação" convocada para 12 de Março, embora compreeensível nos seus pressupostos, deficiente na análise histórica, será uma "válvula de escape" para a grande tensão social que, subsidiária de uma profunda crise, se foi acumulando. E que é muito mais vasta do que parece - atinge "todas as gerações"!
Nos anos 60 era dificil organizá-la. Hoje, pode ter aproveitamentos inesperados.
Esperemos pelo "day after"...
ou geração da mamada?
geração dos 50 euros por noitada?
obviamente 500 euros não dão para 4 fins de semana
todas as gerações estiveram à rasca
depois sobem na vida
e enrascam a vida dos restantes
da geração Só Ares à geração bitinho...
ana
O manholas chegou a escrever no introito de um decreto lei ( que cito de cor ) que " para a maioria dos portugueses é suficiente saber ler, escrever e contar " ...
Melhor, é impossível.
Um abraço do teu,
bento
para o Jesuitismo,basta que o Povo saiba ler soletrando.Basta que creia em Deus e cumpra os seus Mandamentos e quando pecar se ajoelhe no Confessionário e peça
perdão a Deus por intermédio do seu
Vigário,o Padre confessor.O Povo,
especialmente a Plebe,tal como o
rebanho,deve ser conduzido pelo Pastor que é o Vigário de Cristo.À Nobreza Civil ou Militar,ou seja aos Fidalgos (filhos de algo)cabe a
condução dos Negócios do País que é a terra da Imaculada Conceição,da
Senhora de Fátima e de Cristo-Rei.
Daí a razão da existência do Estado
Novo e seu Regime clerical-fascista
que durou quase meio século.Nêste
período houve um Comandante da GNR que discursando à Tropa disse:-Na França há a trilogia «Liberdade,
Fraternidade,Igualdade»mas a nossa
trilogia é Cavalaria,Artilharia,
Infantaria!Ainda preentemente,há
em Portugal,muita gente saudosa do Estado Novo e da Aliança da Cruz e
Espada,ds Missas Solenes campais e nas Catedrais se ouvia o som
vibrante dos cornetins militares.
Mas não só em Portugal mas também
e até com maior destaque na Espanha
jesuítica,o Clero e a Nobreza,estão
de atalaia para,se puderem voltarem
a pôr em prática o Lema Deus,Pátria
e Família na Península Ibérica.
Foi certamente um Jesuíta que criou
os populares Ditados:-«Mais vale quem Deus ajuda,do que quem muito madruga»ou«Quem dá aos pobres, empresta a Deus».«Quem em Deus confia,segue a justa via»«Reze e
verá que àmanhã Deus dará».
E a Plebe crente e confiada,nem dá
que está a ser vigarizada.