Não dá…!
Dia 9 de Março: o Presidente da República toma posse e pronuncia um discurso inelegível para o País onde zurze o Governo;
Dia 10 de Março:
O Governo sobrevive na AR (com a complacência da Direita) a uma moção de censura apresentada pelo BE;
Dia 11 de Março:
O Ministro das Finanças anuncia em Lisboa um duro plano de austeridade para 3 anos;
À mesma hora o 1º. Ministro português apresenta o mesmo plano na reunião do Conselho Europeu;
Logo de imediato, Merkel, Barroso & Trichet, entre outros, elogiam o plano de austeridade português;
A meio da tarde, o presidente do Conselho Europeu anuncia telegraficamente que o Plano para a Competitividade foi aprovado nas suas linhas gerais;
Dia 12 de Março:
De madrugada é anunciado o acordo de princípio sobre a flexibilização do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (a definir na próxima reunião do dia 23);
Logo a seguir, o PSD anuncia que rejeita o plano de austeridade apresentado na véspera pelo Governo;
Na tarde do dia 12 acontecem pelo País gigantescas manifestações da “Geração à Rasca”;
Dia 13 de Março:
É domingo, dia de descanso, mas Paulo Portas aproveita para anunciar que vai levar o PEC 4 ao Parlamento;
Dia 14 de Março:
Às 00:OO início de uma greve dos camionistas por tempo indeterminado;
Pela manhã Passos Coelho divulga que pediu uma audiência ao Presidente da República;
Pelo dia, PCP e BE afirmam que vão levar o PEC 4 ao Parlamento;
À tarde reúne-se um Conselho de Ministros extraordinário;
À hora do telejornal (20:00 h) o 1º. Ministro faz uma dramática comunicação ao País em que depois desta cascata de acontecimentos faz o ponto da situação, confronta a Oposição com a responsabilidade política de uma crise e invoca o interesse nacional.
A partir das 20:30 na sequência da comunicação de José Sócrates, respondem os partidos da Oposição refutando os argumentos invocados.
Tudo previsível. Sábado num post intitulado “No pórtico de uma crise política”, alvitrávamos: “Até lá [restam 12 dias] vamos assistir ao frenesim de um violento terçar de argumentos políticos, económicos e financeiros, numa luta contra o tempo...”
O que pensarão os cidadãos de toda esta embrulhada política em acelerada decomposição nos últimos 5 dias?
A "isto" não se chama crise política?
Dia 10 de Março:
O Governo sobrevive na AR (com a complacência da Direita) a uma moção de censura apresentada pelo BE;
Dia 11 de Março:
O Ministro das Finanças anuncia em Lisboa um duro plano de austeridade para 3 anos;
À mesma hora o 1º. Ministro português apresenta o mesmo plano na reunião do Conselho Europeu;
Logo de imediato, Merkel, Barroso & Trichet, entre outros, elogiam o plano de austeridade português;
A meio da tarde, o presidente do Conselho Europeu anuncia telegraficamente que o Plano para a Competitividade foi aprovado nas suas linhas gerais;
Dia 12 de Março:
De madrugada é anunciado o acordo de princípio sobre a flexibilização do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (a definir na próxima reunião do dia 23);
Logo a seguir, o PSD anuncia que rejeita o plano de austeridade apresentado na véspera pelo Governo;
Na tarde do dia 12 acontecem pelo País gigantescas manifestações da “Geração à Rasca”;
Dia 13 de Março:
É domingo, dia de descanso, mas Paulo Portas aproveita para anunciar que vai levar o PEC 4 ao Parlamento;
Dia 14 de Março:
Às 00:OO início de uma greve dos camionistas por tempo indeterminado;
Pela manhã Passos Coelho divulga que pediu uma audiência ao Presidente da República;
Pelo dia, PCP e BE afirmam que vão levar o PEC 4 ao Parlamento;
À tarde reúne-se um Conselho de Ministros extraordinário;
À hora do telejornal (20:00 h) o 1º. Ministro faz uma dramática comunicação ao País em que depois desta cascata de acontecimentos faz o ponto da situação, confronta a Oposição com a responsabilidade política de uma crise e invoca o interesse nacional.
A partir das 20:30 na sequência da comunicação de José Sócrates, respondem os partidos da Oposição refutando os argumentos invocados.
Tudo previsível. Sábado num post intitulado “No pórtico de uma crise política”, alvitrávamos: “Até lá [restam 12 dias] vamos assistir ao frenesim de um violento terçar de argumentos políticos, económicos e financeiros, numa luta contra o tempo...”
O que pensarão os cidadãos de toda esta embrulhada política em acelerada decomposição nos últimos 5 dias?
A "isto" não se chama crise política?
Comentários
A extrema esquerda berra, inconsequentemente. Mas a isso já estamos habituados, pois não sabe fazer outra coisa.
A direita berra também, e os seus berros já poderiam ter consequências mais visíveis. Mas o que me parece é que a direita não está interessada em provocar a queda do Governo (se quisesse já o podia ter feito). Sabendo que as medidas impopulares são inevitáveis, prefere que seja o PS a tomá-las e assim ir queimando o PS em lume brando até que venham melhores dias.
O que pensam disto os cidadãos? Curiosamente, nas sondagens que têm aparecido nem a extrema direita nem a extrema esquerda sobem sensivelmente, e o PS não anda muito longe do PSD. Se houvesse agora eleições, não era certo que a direita as ganhasse. O povo português mostra ter mais maturidade e bom senso do que os demagogos, da esquerda e da direita, pensam...
O discurso está gasto, as políticas económicas estão montadas em presupostos já ultrapassados, nomeadamente a definição do PIB, a medida de tudo.
Há uma direita dos interesses económicos que espera sugar da gamela orçamental o que lhe interessa. Há toda uma clientela que come da gamela orçamental e outra que ainda espera comer dela que orbita o PS e o PSD. É só reparar para o que se passa nas Câmaras municipais, o sindicato do voto. Há um BE que não tem uma ideia, uma proposta sequer, muito menos uma visão para a coisa pública e que quer agarrar determinados sectores do estado mais esclarecidos da classe média agora de salários cortados pelo dito PEC. Temos um PCP de ideias do passado, sempre no resistir na luta. Temos um presidente que se diz não político, mas é um manhoso, que o rotulam de economista, mas qualquer jovem mestrado da àrea com dois dedos de testa e com capacidade de trabalho, o arruma a um canto.
Depois temos dodos os ditos empresários que querem menos Estado, mas o que querem e esperam é comer ainda mais do Estado.
Temos a chulice do BPN e outras coisa idênticas que conhecemos herdadas desde há 25 anos , no mínimo, desde a entrada na CEE.
Assim, esta crise veio para ficar até à próxima crise.
Se houver eleições nos tempos próximos, não me parece que uma maoiria apareça nas urnas. Tal qual nas eleições presidenciais, a maoiria deverá ser da abstenção.
Não há mais dinheiro para circo.
Não há pão para malucos.
As medidas impopulares são inevitáveis, e como não justiça debaixo deste céu, nem acima dele, a coisa vai apertar e doer.
Mas uma ideia, uma visão que sirva de guia para as futuras políticas austeras é necessária, e os actuais partidos, como estão, estão esgotados. Uma república republicana é precisa.
Isto sou eu a escrever coisas.
É sem dúvida uma crise política EMBRIONÁRIA QUe passará à fase fetal
ou à de nado-morto
tal como a economia nacional e o funcionalismo que dela se alimenta
pensionistas incorporados
já estivemos mais longe de 77
mas havia mais capital de risco então
nem à máquina burocrática que gasta 200 milhões em papel
e 500milhões em máquinas e canalizações para jogar parte do papel
serviços para desentupir retretes nos vários serviços públicos e reparação de canos
já orça nos 10 milhões e só estamos em Março