Alguém nos anda a enganar

Enquanto Durão Barroso, referência ética, cúmplice da invasão do Iraque, depois de ter visto as provas das armas químicas que perversos mitómanos forjaram para destruir um País, afirmou que «Portugal iria ter uma saída limpa» [da troika], Cavaco Silva escrevia «que Portugal vai ficar sob supervisão até 2035».

O carrasco de Portugal, lá fora, e o PR, o que ajudou os batoteiros das redes sociais que levaram o lusito do madraçal do PSD a PM, têm posições divergentes sobre o futuro do país. Ambos protegeram os lusitos da JSD e os vanguardistas académicos que fizeram de Portugal o laboratório das suas experiências ultraliberais. Por sua vez, o Governo de Portas, Cavaco e Passos Coelho, hesitando entre a mentira contumaz de Barroso e uma verdade tardia de Cavaco, divulga que o «Governo está a tentar uma terceira via», talvez hesitando entre a via do suicídio e a do assassínio, depois de esgotada a da emigração.

A mais de dois anos de Cavaco ir gozar a acumulação de reformas na Praia da Coelha, deixando livres, para os netos, as marquises da Travessa do Possolo, Portugal está a ser enganado, sem se saber quanto custaram afirmações sobre o milagre económico referido lá fora, para ser retransmitido cá dentro pela central de propaganda do Governo.

Só há boas perspetivas para os autores e beneficiários do maior escândalo financeiro da História de Portugal, o BPN. São deles os lucros e dos nossos filhos os juros e a dívida.  

Comentários

e-pá! disse…
A divergência essencial entre Cavaco e Barroso é - deve ser - percebida pelos portugueses e não pode 'enganar' qualquer cidadão atento às manobras tecidas à volta de um 'beco sem saída'. Foi aí que chegámos e é aí que estaremos nas 'comemorações' encenadas para Maio.
De facto, não há qualquer saída viável (limpa, suja, intermediária ou outra) porque a 'receita aplicada' como um 'resgate' nos empurrou para aquilo que os franceses designam como 'cul de sac'.
Regressando às aparentes 'visões' dispares entre Cavaco e Barroso o 'esquema' é recorrente e linear: o primeiro está de saída e o segundo é um [ainda não declarado] candidato ao cargo.
E Barroso para atingir esse propósito usa o 'vale tudo', como tem sido usual na sua carreira política.
Na recente reunião do PPE, em Dublin, o convénio dos ultra-conservadores mais do que discutir políticas para a Europa, tratou de distribuir cargos futuros (nacionais, europeus e internacionais).
Barroso estava lá e 'ocupou' parte substancial desse inquinado debate sobre a 're-distribuição de tachos'.
Uma coisa esteve ausente desse convénio: as gritantes questões sobre a 're-distribuição da riqueza' que se verifica por toda a UE.
São estes dirigentes que temos na Europa e que querem exportar para os países membros e deste modo assegurar que os ditos 'equilíbrios' (políticos, orçamentais, financeiros e sociais) sejam 'eternizados'.
Bem, resta-nos uma única certeza: nada é eterno!

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