Cavaco substitui Passos Coelho na campanha eleitoral


Regressado da viagem oficial em que insultou a Grécia, fez o elogio do seu Governo e referiu a necessidade de combater a corrupção na Roménia, isto é, falou da corda em casa do enforcado PM que não o recebeu, Cavaco desistiu de terminar o mandato com dignidade.

Enquanto Paulo Portas anda nas feiras e Passos Coelho finge de PM, Cavaco Silva entra na propaganda partidária como piolho em costura. É por pouco tempo, que os técnicos de marketing vão aconselhar que o escondam, mas, por enquanto, é o último serviço que presta ao partido e o pior que pode prestar à democracia e a si próprio.

Com o prestígio abalado, o seu e o da instituição que lhe exigia um módico de pudor, já pouco tem a perder e ainda convence o alfaiate da mulher, o barbeiro de Belém, o Lima das escutas, o Oliveira e Costa das ações da SLN, o Fantasia da permuta das vivendas Mariani e Gaivota Azul, os assessores e os incautos.

O futuro conselheiro de Estado fica num estado deplorável, mas sacrifica-se, até ao fim, na defesa de interesses partidários. Ventríloquo do Governo, será arrastado no vendaval eleitoral que só não é tsunami graças às divergências entre as várias esquerdas.

É preciso recuar à ditadura para encontrar um PR tão irrelevante e prejudicial ao sistema democrático. É o primeiro presidente desta segunda República a sair com pouco mais de 20% dos portugueses que suportam o PR que a ironia do destino e os apoios de Ricardo Salgado, Marcelo e Durão Barroso conduziram a Belém. Com tais reis magos até a D. Maria tinha chegado ao cargo e a primeiro cavalheiro o consorte.

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