E os homens criaram deus…
Quando os homens criaram Deus, era o medo do desconhecido, a
ignorância da ciência, a dor sem remédio, a doença sem cura, as epidemias sem
explicação, a imaginar um ser, à sua imagem e semelhança, capaz de os proteger em
troca do pior de que eram capazes.
Sacrificaram-lhe filhos, animais e bem-estar. Criaram
exigências tolas para satisfazer o mito e foram infelizes na parva ilusão de
que fariam feliz o imaginado carrasco.
A ignorância foi sendo vencida e o medo, a mãe de todos os
medos, o medo da morte, é a derradeira justificação para o ser hipotético que
continua a exigir que os homens se lhe ajoelhem como se tal indignidade fosse a
forma de honrar quem quer que seja.
As religiões são multinacionais organizadas em torno da fé e
detonadoras de ódios que todos os totalitarismos destilam. Têm funcionários e
torturadores amestrados.
O Diabo é a antítese dialética da mais infeliz das criações
humanas. O homem é o único animal que reza e nenhum outro se sujeita a atos ridículos
de adoração.
Será a religião necessária? As necessidades criam-se. Bom
proveito aos crentes mas não queiram que o deus de cada um de vós seja o algoz
de todos e cada um de nós.
Comentários
Mas porquê? Agora já há explicação? Diga-o a um doente terminal...
Dê as voltas quer der, Deus será sempre o Necessário e Inexplicável! E basta ao homem a sua razão para chegar a esta conclusão; não é preciso recorrer à fé. A fé relaciona-se com outras faculdades do homem, como sejam as paixões e os afetos. O homem não é nada sem a razão? E o que é ele sem o amor?