Notas soltas: maio/2015
1.º de Maio – A escolha do dia, para conceder descontos de 50% nos centros comerciais de que é dono, mostra o merceeiro, sediado na Holanda, a utilizar as privações do povo e a fragilidade do emprego para sabotar a festa dos trabalhadores e humilhá-los.
PR – A atribuição da Ordem da Liberdade à cidade de Santarém foi a utilização abusiva do herói de Abril, Salgueiro Maia, a quem, em vida, negou a pensão que atribuiu a dois pides. Os militares de Abril manifestaram indignação perante o oportunismo do ato.
Oscar Mascarenhas – Aos 65 anos perdeu-se uma referência do jornalismo e da ética, cidadão vertical que punha a verdade acima de quaisquer interesses e exigia pelo menos duas versões dos acontecimentos, para escolher com calma. E sabia escolher!
8 de maio – A rendição nazi aos aliados europeus e americanos, em Berlim, e no dia 9 à URSS, pôs fim, na Europa, à mais funesta tragédia do séc. XX. Depois do pesadelo, a xenofobia e o racismo andam aí, de novo, a lembrar dezenas de milhões de vítimas.
Israel – A entrada, no Governo, dos judeus ultraortodoxos, conhecidos pelas trancinhas à Dama das Camélias e cabeçadas no Muro das Lamentações, é uma vitória do sionismo e um estímulo à escalada da violência no conflito israelo-árabe.
TAP – A greve foi um ato de oportunismo. Não pretendeu impedir a privatização, o que seria defensável, mas sustentar, de forma aventureira, os privilégios dos pilotos, alheios ao futuro da Empresa e dos outros trabalhadores.
Reino Unido – Contra todas as sondagens, a vitória dos Conservadores é consequência do liberalismo económico, que não aceita opções ideológicas, e, a prazo, nem a simples alternância partidária.
Mundo – A catástrofe dos sismos do Nepal, os naufrágios de refugiados que atravessam o Mediterrâneo e a expansão do Estado Islâmico são as tragédias, de dimensão colossal, para as quais não há resposta adequada ou satisfatória.
Síria – Milícias da jihad, às portas da histórica cidade de Palmira, assassinaram dezenas de civis para destruírem ruínas do séc. II, património da Humanidade que a demência da fé apagará com a mesma raiva com que mata. É o Estado Islâmico na sua apoteose.
Vaticano – O reconhecimento do Estado da Palestina é mais um ato a enobrecer o atual Papa, que deixou de ser um aliado privilegiado dos países belicistas e prossegue como defensor da paz e da justiça mundiais. Espera-se que a Cúria o deixe viver.
Clima – As alterações atingiram proporções que já não podem ser iludidas. Com o atual modelo de desenvolvimento, indiferente ao futuro da Humanidade, em poucas gerações destruir-se-á o Planeta. E não há planeta alternativo.
Grécia – Quem, na UE, combate um plano que viabilize a recuperação, é a direita que a conduziu ao abismo. Quem, em Portugal, quer ver os gregos humilhados, não pensa que os próximos serão portugueses e esconde a origem da crise financeira nascida nos EUA.
Irlanda – O casamento gay foi referendado por mais de 60% de eleitores no país onde a influência da Igreja católica, embora em declínio, é forte. Venceu de forma esmagadora (62%) a modernidade. O direito à diferença impôs-se à discriminação e ao preconceito.
Óscar Romero – O Papa Francisco beatificou, sem inventar qualquer milagre, o bispo assassinado por um esquadrão de extrema-direita. A corajosa decisão honra o Papa e faz justiça ao bispo mártir, defensor dos direitos humanos, ostracizado por João Paulo II.
Espanha – A perda de 513 das 3.300 maiorias absolutas que tinha o PP, entre câmaras municipais e comunidades, foi uma enorme derrota. As novas formações, Podemos e Ciudadanos, alteraram o xadrez político e decidem ou inviabilizam novas maiorias.
Portugal – A dívida pública não para de crescer e é impagável nas atuais condições, tal como a dos particulares e das Empresas, no total, 3,9 vezes o PIB. Não se fez a reforma administrativa e os reformados são, de novo, o alvo dos cortes da ministra das Finanças.
Angola – O jornalista Rafael Marques, grande defensor dos direitos humanos, publicou um libelo contra o poder [Diamantes de Sangue]. Condenado a 6 meses de prisão, com pena suspensa, recorreu. Devia ter sido absolvido, no único país africano com liberdade de informação e o mais próximo de um Estado de direito.
França – A aprovação parlamentar das fontes de energia renováveis e limpas, propostas pelo Governo socialista, em detrimento da nuclear, não resolve os agravos ambientais, a nível mundial, mas é um passo certo para a sustentabilidade do Planeta.
Ordem dos Médicos – A atribuição do prémio Miller Guerra ao cirurgião António Gentil Martins, não honra a OM e ofende a memória do patrono, democrata e defensor do SNS, que jamais pactuaria com um salazarista, adversário feroz do SNS.
E.U.A. – O Senado do Nebrasca votou de novo a favor da abolição da pena de morte, com 30 votos a favor e 19 contra, anulando o veto do governador Peter Ricketts. A lei cruel, que devia envergonhar um País civilizado, vai sendo revogada.
Carlos Costa – Depois das conclusões da comissão de inquérito da AR, onde o PSD e o CDS denegriram o atual governador do BP, para ilibarem o Governo no caso BES, fica a suspeita de que o medo ou o pagamento político ditaram a recondução.
AR – Face às conclusões da Comissão de Inquérito ao BES, não devia o PM reconduzir o governador do BP, nem o próprio aceitar, e, muito menos, o PR apoiar. Foi um ultraje gratuito à credibilidade do Parlamento por evidente défice democrático.
PR – A atribuição da Ordem da Liberdade à cidade de Santarém foi a utilização abusiva do herói de Abril, Salgueiro Maia, a quem, em vida, negou a pensão que atribuiu a dois pides. Os militares de Abril manifestaram indignação perante o oportunismo do ato.
Oscar Mascarenhas – Aos 65 anos perdeu-se uma referência do jornalismo e da ética, cidadão vertical que punha a verdade acima de quaisquer interesses e exigia pelo menos duas versões dos acontecimentos, para escolher com calma. E sabia escolher!
8 de maio – A rendição nazi aos aliados europeus e americanos, em Berlim, e no dia 9 à URSS, pôs fim, na Europa, à mais funesta tragédia do séc. XX. Depois do pesadelo, a xenofobia e o racismo andam aí, de novo, a lembrar dezenas de milhões de vítimas.
Israel – A entrada, no Governo, dos judeus ultraortodoxos, conhecidos pelas trancinhas à Dama das Camélias e cabeçadas no Muro das Lamentações, é uma vitória do sionismo e um estímulo à escalada da violência no conflito israelo-árabe.
TAP – A greve foi um ato de oportunismo. Não pretendeu impedir a privatização, o que seria defensável, mas sustentar, de forma aventureira, os privilégios dos pilotos, alheios ao futuro da Empresa e dos outros trabalhadores.
Reino Unido – Contra todas as sondagens, a vitória dos Conservadores é consequência do liberalismo económico, que não aceita opções ideológicas, e, a prazo, nem a simples alternância partidária.
Mundo – A catástrofe dos sismos do Nepal, os naufrágios de refugiados que atravessam o Mediterrâneo e a expansão do Estado Islâmico são as tragédias, de dimensão colossal, para as quais não há resposta adequada ou satisfatória.
Síria – Milícias da jihad, às portas da histórica cidade de Palmira, assassinaram dezenas de civis para destruírem ruínas do séc. II, património da Humanidade que a demência da fé apagará com a mesma raiva com que mata. É o Estado Islâmico na sua apoteose.
Vaticano – O reconhecimento do Estado da Palestina é mais um ato a enobrecer o atual Papa, que deixou de ser um aliado privilegiado dos países belicistas e prossegue como defensor da paz e da justiça mundiais. Espera-se que a Cúria o deixe viver.
Clima – As alterações atingiram proporções que já não podem ser iludidas. Com o atual modelo de desenvolvimento, indiferente ao futuro da Humanidade, em poucas gerações destruir-se-á o Planeta. E não há planeta alternativo.
Grécia – Quem, na UE, combate um plano que viabilize a recuperação, é a direita que a conduziu ao abismo. Quem, em Portugal, quer ver os gregos humilhados, não pensa que os próximos serão portugueses e esconde a origem da crise financeira nascida nos EUA.
Irlanda – O casamento gay foi referendado por mais de 60% de eleitores no país onde a influência da Igreja católica, embora em declínio, é forte. Venceu de forma esmagadora (62%) a modernidade. O direito à diferença impôs-se à discriminação e ao preconceito.
Óscar Romero – O Papa Francisco beatificou, sem inventar qualquer milagre, o bispo assassinado por um esquadrão de extrema-direita. A corajosa decisão honra o Papa e faz justiça ao bispo mártir, defensor dos direitos humanos, ostracizado por João Paulo II.
Espanha – A perda de 513 das 3.300 maiorias absolutas que tinha o PP, entre câmaras municipais e comunidades, foi uma enorme derrota. As novas formações, Podemos e Ciudadanos, alteraram o xadrez político e decidem ou inviabilizam novas maiorias.
Portugal – A dívida pública não para de crescer e é impagável nas atuais condições, tal como a dos particulares e das Empresas, no total, 3,9 vezes o PIB. Não se fez a reforma administrativa e os reformados são, de novo, o alvo dos cortes da ministra das Finanças.
Angola – O jornalista Rafael Marques, grande defensor dos direitos humanos, publicou um libelo contra o poder [Diamantes de Sangue]. Condenado a 6 meses de prisão, com pena suspensa, recorreu. Devia ter sido absolvido, no único país africano com liberdade de informação e o mais próximo de um Estado de direito.
França – A aprovação parlamentar das fontes de energia renováveis e limpas, propostas pelo Governo socialista, em detrimento da nuclear, não resolve os agravos ambientais, a nível mundial, mas é um passo certo para a sustentabilidade do Planeta.
Ordem dos Médicos – A atribuição do prémio Miller Guerra ao cirurgião António Gentil Martins, não honra a OM e ofende a memória do patrono, democrata e defensor do SNS, que jamais pactuaria com um salazarista, adversário feroz do SNS.
E.U.A. – O Senado do Nebrasca votou de novo a favor da abolição da pena de morte, com 30 votos a favor e 19 contra, anulando o veto do governador Peter Ricketts. A lei cruel, que devia envergonhar um País civilizado, vai sendo revogada.
Carlos Costa – Depois das conclusões da comissão de inquérito da AR, onde o PSD e o CDS denegriram o atual governador do BP, para ilibarem o Governo no caso BES, fica a suspeita de que o medo ou o pagamento político ditaram a recondução.
AR – Face às conclusões da Comissão de Inquérito ao BES, não devia o PM reconduzir o governador do BP, nem o próprio aceitar, e, muito menos, o PR apoiar. Foi um ultraje gratuito à credibilidade do Parlamento por evidente défice democrático.
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