O país da Magna Carta e outro, da magna conivência
No Reino Unido, o prestigiado professor universitário, Tim Hunt, Nobel da Medicina, durante um brinde na Coreia do Sul, afirmou que as cientistas deviam trabalhar em laboratórios apenas com outras mulheres, porque distraem os homens do seu trabalho, apaixonam-se pelos colegas e choram quando são criticadas.
Não prejudicou a ciência, de que é notável expoente, mas portou-se como um troglodita. O prestígio científico não o absolve de preconceitos incompatíveis com a civilização e a decência. Há na descontraída tolice resquícios de atavismo, mais próximo do tribalismo patriarcal do que da evolução civilizacional, e a Universidade foi implacável na decisão – demitiu-o.
A University College London [UCL] onde Hunt e a mulher, Mary Collins, eram professores não tolerou o despautério. Lamuriou-se o cientista e apenas teve a solidariedade da mulher que atestou o seu bom comportamento, garantiu que “Tim não é machista” e, quando não está a trabalhar, «vai sempre às compras e cozinha sempre».
O próprio reconheceu que a sua afirmação foi uma «coisa estúpida» e que, depois disso, está «acabado» por ser «tóxico». A sanção foi o que foi. Irrevogável.
Em Portugal, um professor da Faculdade de Economia do Porto, Pedro Cosme Vieira, assumidamente racista, já defendeu que “se se fizesse o abate sanitário de todos os infetados com SIDA, a doença desapareceria da face da terra”. É um caso psiquiátrico que se tornou notado ao avançar a solução para «pretalhada» [sic] vítima dos dramáticos naufrágios do Mediterrâneo, ‘abalroar-lhes os barcos e aos que sobrevivessem, recebê-los a tiro na Europa’. Eis a estratégia n.º 2 que propõe: « Em vez de tentar salvar as pessoas que vêm nos barcos precários, ‘salva-los’ [sic] atropelando-os com navios portugueses e, depois, todos os que consigam nadar, meter um tiro em cada um».
Que me conste, este “humanista” continua tranquilamente a bolçar o seu “pensamento” na FEP, onde há mais de vinte anos é “pedagogo”.
Eis a enorme diferença entre uma Universidade de um país civilizado e outra, do nosso.
Não prejudicou a ciência, de que é notável expoente, mas portou-se como um troglodita. O prestígio científico não o absolve de preconceitos incompatíveis com a civilização e a decência. Há na descontraída tolice resquícios de atavismo, mais próximo do tribalismo patriarcal do que da evolução civilizacional, e a Universidade foi implacável na decisão – demitiu-o.
A University College London [UCL] onde Hunt e a mulher, Mary Collins, eram professores não tolerou o despautério. Lamuriou-se o cientista e apenas teve a solidariedade da mulher que atestou o seu bom comportamento, garantiu que “Tim não é machista” e, quando não está a trabalhar, «vai sempre às compras e cozinha sempre».
O próprio reconheceu que a sua afirmação foi uma «coisa estúpida» e que, depois disso, está «acabado» por ser «tóxico». A sanção foi o que foi. Irrevogável.
Em Portugal, um professor da Faculdade de Economia do Porto, Pedro Cosme Vieira, assumidamente racista, já defendeu que “se se fizesse o abate sanitário de todos os infetados com SIDA, a doença desapareceria da face da terra”. É um caso psiquiátrico que se tornou notado ao avançar a solução para «pretalhada» [sic] vítima dos dramáticos naufrágios do Mediterrâneo, ‘abalroar-lhes os barcos e aos que sobrevivessem, recebê-los a tiro na Europa’. Eis a estratégia n.º 2 que propõe: « Em vez de tentar salvar as pessoas que vêm nos barcos precários, ‘salva-los’ [sic] atropelando-os com navios portugueses e, depois, todos os que consigam nadar, meter um tiro em cada um».
Que me conste, este “humanista” continua tranquilamente a bolçar o seu “pensamento” na FEP, onde há mais de vinte anos é “pedagogo”.
Eis a enorme diferença entre uma Universidade de um país civilizado e outra, do nosso.
Comentários
Em Portugal deixa-se que a crise passe e passa a "esquecido".