A Europa no turbilhão de todas as tempestades
A Europa, a velha Europa, que depois da Guerra dos 30 Anos, da miséria, da ruína e do sangue derramado nessa primeira metade do século XVII, impôs a liberdade religiosa e a paz, em Vestefália, está hoje paralisada pelo medo e má consciência, a hesitar entre o comunitarismo falhado e a civilização cujo respeito teme exigir a quem chega.
A União Europeia foi a maravilhosa utopia que os nacionalismos eliminaram, e a moeda única a aventura que rivalidades económicas, fiscais e políticas debilitaram. A ausência de integração social e económica, frustrando a coesão, acelerou a desunião. Nem uma política migratória comum consegue. A Europa apenas se uniu para desintegrar a Sérvia depois de ter cometido igual crime na Jugoslávia.
A Ucrânia foi a última aventura ofensiva, mal sucedida, contra a Rússia cujas afinidades civilizacionais a geoestratégia rejeita. Prefere a Arábia Saudita que preside ao Conselho da ONU sobre Direitos Humanos, uma sórdida manifestação de humor negro a sugerir a nomeação de assassinos para os corpos sociais das Associações de Apoio à Vítima.
A Europa do Renascimento, do Iluminismo e da Revolução Francesa retrocederá, com nacionalismos e rivalidades históricas à espera de uma oportunidade, quiçá com novos Kosovo(s) a servirem de entrepostos de drogas e campos de treino para terroristas.
A Bélgica talvez produza três condados, Flandres, Valónia e Bruxelas; a Inglaterra, a Escócia; a França, a Córsega, onde os independentistas ganharam as últimas eleições regionais; a Espanha, a Catalunha, o País Basco e a Galiza numa monarquia que o genocida Franco impôs; a Itália, sem Garibaldi que lhe valha, parte-se ao meio. Valha-nos Portugal onde as Berlengas e os ilhéus das Formigas serão sempre portugueses.
Espero não ser coagido a rezar, após seis décadas de abstinência severa, voltado para Meca, Roma ou, em maratona pia, a caminho de Fátima.
A Europa laica, cosmopolita e democrática corre perigo.
A União Europeia foi a maravilhosa utopia que os nacionalismos eliminaram, e a moeda única a aventura que rivalidades económicas, fiscais e políticas debilitaram. A ausência de integração social e económica, frustrando a coesão, acelerou a desunião. Nem uma política migratória comum consegue. A Europa apenas se uniu para desintegrar a Sérvia depois de ter cometido igual crime na Jugoslávia.
A Ucrânia foi a última aventura ofensiva, mal sucedida, contra a Rússia cujas afinidades civilizacionais a geoestratégia rejeita. Prefere a Arábia Saudita que preside ao Conselho da ONU sobre Direitos Humanos, uma sórdida manifestação de humor negro a sugerir a nomeação de assassinos para os corpos sociais das Associações de Apoio à Vítima.
A Europa do Renascimento, do Iluminismo e da Revolução Francesa retrocederá, com nacionalismos e rivalidades históricas à espera de uma oportunidade, quiçá com novos Kosovo(s) a servirem de entrepostos de drogas e campos de treino para terroristas.
A Bélgica talvez produza três condados, Flandres, Valónia e Bruxelas; a Inglaterra, a Escócia; a França, a Córsega, onde os independentistas ganharam as últimas eleições regionais; a Espanha, a Catalunha, o País Basco e a Galiza numa monarquia que o genocida Franco impôs; a Itália, sem Garibaldi que lhe valha, parte-se ao meio. Valha-nos Portugal onde as Berlengas e os ilhéus das Formigas serão sempre portugueses.
Espero não ser coagido a rezar, após seis décadas de abstinência severa, voltado para Meca, Roma ou, em maratona pia, a caminho de Fátima.
A Europa laica, cosmopolita e democrática corre perigo.
Ponte Europa – Sorumbático
Comentários
Homens sensatos,não temais! Quando parecia que a Europa estava debaixo da pata suja do nazi-fascismo, e muitos já estendiam o pescoço ao cutelo de Hitler,a Europa sã ergueu-se,e deu-lhe uma tal lição que o Adolfo se suicidou nas catacumbas do último refúgio... Devem os europeus temer os actuais aprendize(a)s de feiticeiro? Não devem temê-los.. devem conhecê-los cada vez melhor.Estarão preparados no dia em que...,
Devemos fazer abortar a novas tentativas 'imperiais'.
E não precisamos de esperar por mais (ou melhores) indícios do que está sendo forjado...
Infelizmente, desde o fim da 'guerra fria' que estão a aquecer os motores para começar a variante 'quente', i. e., devastadora, mortífera e sanguinária.
Eu tenho 72 anos e fui banhada por toda uma cultura humanista, pensando que a União Europeia iria finalmente construir um espaço de solidariedade e de reformas que conduzissem a uma espécie nova de federalismo...
...Mas quando sou confrontada todos os dias com esta "macacada de politicos" dos E.M., acho tão absurdo o que se passa, que às vezes tenho uma espécie de compplexo de culpa. É que me pergunto como é que nós os educámos, as gerações que agora "mandam" !?!...Uma cambada de cínicos, egoistas, ...E IGNORANTES DA HISTÓRIA! COMO É QUE CHEGÁMOS AQUI...!?