As próximas eleições presidenciais_10
A República é o regime da igualdade perante a lei, onde perdem estatuto diferenciado as classes, clero, nobreza e povo, e a Igreja e o Estado, por razões de assepsia, se separam.
A República renuncia à tutela das religiões e impede a servilismo dos seus dignitários aos membros do clero, repudiando a situação inversa.
Um crente que aspire a representar a República pode genufletir-se no confessionário, no recato de uma igreja, mas não pode alardear manifestações públicas de subserviência.
Um candidato a PR pode rezar o terço dentro de água, em silêncio, a nadar nas ondas do Tejo, mas não deve lamber a mão de um clérigo em exibição pública de servilismo.
A República exige coluna vertebral inflexível a quem a represente.
Comentários
Agradeço-lhe o comentário e a discordância. No meu caso, a Concordata é um tratado que trago atravessado no meu republicanismo.
A separação da Igreja e do Estado não permite, na forma como eu a encaro, a transformação de um país em protetorado do Vaticano. Aliás, os feriados religiosos vão ser o princípio de uma guerrilha entre religiões num Estado multiétnico.
O cardeal lambido continua morto. Agora é um Clemente o cardeal de Lisboa.
Na minha opinião, depois de ser PR, se o vier a ser, não pode,tal como não pode continuar a ser presidente do Conselho de Administração da Fundação da Casa de Bragança.
A CRP tem exigências.