Notas soltas – dezembro/2015

1.º de Dezembro – Os dias 1.º de Dezembro e 5 de Outubro são datas identitárias do povo que somos, da Pátria que temos e do regime em que vivemos. Só a agnosia cívica e a indigência cultural os pôde excluir do calendário dos feriados.

Brasil – Alta taxa de desemprego, inflação elevada, corrupção e a maior recessão dos últimos 80 anos são os elementos que abatem regimes democráticos e abrem caminho para aventuras totalitárias de que a América do Sul tem larga e amarga experiência.

Turquia – Há anos que denuncio a irresponsabilidade com que a UE e EUA veem em Erdogam um islamita moderado. O derrube do avião russo, com assassinato do piloto, foi um ato de objetivo apoio ao Estado Islâmico que lhe vende petróleo na candonga.

Venezuela – A vitória da Direita foi boa notícia para a pacífica e desejável alternância democrática. Podem não ser melhores os vencedores mas a democracia funcionou e deseja-se que os tiques autoritários e a vingança não se repitam.

Sobrinho Simões – O Presidente do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto foi eleito pelos seus pares como o mais influente patologista do mundo. A honrosa distinção faz-nos acreditar que a ciência ainda resiste em Portugal.

Carlos Coelho – Merece ser mais conhecido este excelente eurodeputado do PSD. Foi o relator do Novo Sistema de Avaliação de Schengen e é uma voz respeitada na defesa dos direitos, liberdade e garantias dos cidadãos. É democrata, humanista e cosmopolita.

Cimeira do clima – A adoção por 195 países, em Paris, de um acordo sem precedentes na luta contra o aquecimento global, não termina com as catástrofes ambientais mas foi o passo mais importante, dado até hoje, para prolongar a vida na Terra.

Gâmbia – O presidente Yahya Jammeh, famoso por perseguir os homossexuais e pela reintrodução da pena de morte, decidiu transformar o País num ‘Estado Islâmico’. A deriva demencial do Islão político alastra perigosamente.

França – O terror, motivo de atração pelo fascismo islâmico, induz os eleitores a votar na extrema-direita. Esta saiu vencedora na primeira volta das eleições regionais mas na segunda volta o susto da primeira mobilizou mais eleitores para a derrotar.

Mongólia – É o 105º país a abolir pena de morte, um avanço civilizacional ao arrepio da violência praticada por numerosos Estados. Para o representante da ONU, a ação é o exemplo evidente do progresso na luta por direitos humanos para todos.

Espanha – Os resultados eleitorais mostraram desconfiança nos partidos tradicionais e aboliram a bipolarização. A situação está difícil, em ambiente de crispação e de grande incerteza internacional, onde novas eleições podem repetir os mesmos resultados.

BANIF – O Governo, a supervisão, os gestores e os interesses partidários, uniram-se na ocultação da insolvência que se agravou durante três anos. Escondida dos portugueses e da U. E. a solução piorou. Mais um caso de polícia e um trágico problema nacional.

Demografia – No ano em que entrei no mercado do trabalho [1961] a Terra tinha 3 mil milhões de pessoas. Dentro de dez anos [2025] preveem-se 8 mil milhões. Haverá quem acredite na resistência do Planeta a tamanha explosão demográfica?

Córsega – Gilles Simeoni é o advogado que defendeu em 1998 um independentista que matou um polícia. A sua vitória nas eleições regionais levou-o à presidência, um perigo para a unidade francesa a partir da ilha onde a tendência secessionista é histórica.

ONU – O Alto-comissário para os Refugiados, António Guterres, declarou que «aqueles que rejeitem os refugiados sírios, principalmente se forem muçulmanos, tornam-se nos melhores aliados da propaganda e do recrutamento dos grupos extremistas».

Polónia – A chegada da extrema-direita ao poder, pela via democrática, já mostrou que não suporta o Estado de direito. O Governo impôs aos juízes um sistema ‘legal’ que lhe permite todas as tropelias. Amordaçados os juízes, regressam os fantasmas totalitários.

Opus Dei – A seita permanece obscurantista e reacionária. Demetrio Fernández, bispo de Córdova, considera a fecundação ‘in vitro’ como “bruxaria química de laboratório”.

PR – Na resposta à visita protocolar de Boas-Festas do Governo, “Eu considero que é uma boa tradição da nossa democracia e por isso decidi mantê-la, independentemente do Governo em funções”, o advérbio denunciou a qualidade do homem e da sua raiva.

Arábia Saudita – O mais obscuro e misógino país muçulmano, feudo da família Saud, continua a ser o alfobre do terrorismo islâmico que aí é encontra financiamento e apoio ideológico perante a complacência dos EUA e da União Europeia.

CDS – A saída de Paulo Portas da liderança da Comissão Política, onde se mantinha há 16 anos, é o primeiro dano colateral de Marcelo no seu espaço. António Costa destruiu a coligação, Marcelo arruinou as lideranças, que o detestam, e, obrigadas, o apoiaram.

Eleições presidenciais – A direita dos interesses reuniu-se numa obscena campanha de promoção do seu candidato, ostracizando todos os outros. À democraticidade da escolha sobrepuseram-se os interesses dos donos da comunicação social.

Europa – O medo é o sentimento dominante no final do ano de 2015. As populações inquietas, prontas a abdicar das suas liberdades em troca de segurança, não auguram um novo ano mais feliz. O terrorismo avança, a civilização recua e a Europa está à deriva.

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O "efeito Costa" nas Presidencuiais? De que estamos,nós e ele,à espera?

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