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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
-
Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Não sou nada..
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
Àparte isso,tenho em mim todos
os sonhos do mundo.
(...)
O mundo é para quem nasce para
o conquistar
E não para quem sonha que pode
conquistá-lo,ainda que tenha razão
Tenho sonhado mais que o que
Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético
mais humanidades do que Cristo.
Tenho feito filosofias em segredo
que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre,
o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre "o que não nasceu para
isso";
Serei sempre só "o que tinha
qualiddes";
Serei sempre o que esperou que
lhe abrissem a porta ao
pé de uma parede sem porta,
(...)
As televisões falarão dele durante uns dias, porque é obrigatório, depois esquecerão.Preferem as telenovelas estupidificantes, com maus textos e péssimos actores.Numa delas, uma menina debitava esta pérola: vocês nem vão acreditar "o" que eu acabei de "óvir".Num entanto uma produção de inegável valor histórico e artístico, como "A Muralha", passou num canal nacional a horas impróprias para quem tem de se levantar cedo, tendo sido ignorada pela maior parte das pessoas.
Enfim, parece que resta aos que gostam de Fernando Pessoa e tentam compreendê-lo, o dever de o divulgar aos filhos e aos netos.