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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
O estilo panfletário dos cartazes "agit-prop" do PCP, têm, na realidade, um aspecto primitivo.
Respira-se um discreto sabor aos anos 60 e parecem impressões acabadas de sair de uma oficina gráfica clandestina.
Todavia, têm conseguido mobilizar centenas de milhares de pessoas, porque, na sua simplicidade vão de encontro às questões actuais, embora o 1º. ministro tenha afirmado que "não se impressiona com números".
Os 7 pontos do cartaz do PCP vão, com esra redacção ou outra semelhante, estar na berlinda, e na cabeça dos portugueses, em 2009.
E, quer goste, quer não, os números contam "impressionantemente".
Porque a crise, até lá, o mais provável é continuar em alta. Um fim de ciclo legislativo em contracorrente, não será melhor que este tosco cartaz...
E a 4ª. medida pode ser mais complexa do que parece.
Neste momento vivemos a preocupação de nos preparamos para pagar preços humilhantes por barril de petróleo. Perante inquietantes sinais de desorientação dos líderes Mundiais.
Essa situação, trágica, caberia, ainda, dentro da já estreita margem de controlo económico.
Existem, porém, outras realidades.
1.) Não é possível esconder o contínuo crescimento da procura de combustíveis derivados dos hidrocarbonetos;
2.) O "plateau" na produção de petróleo bruto pode indicar que já foi atingida a capacidade máxima de produção e não há mais regulação - nem dos Países arábicos, nem da OPEP;
3.) E, como remate, a população global do Planeta continua a crescer (78 milhões de pessoas por ano ?)
Em conjunto, estes três factores estão a servir para empurrar o Mundo para uma crise sem paralelo.
O Mundo finalmente, compreendeu que tem de "apressar" os planos a médio e longo prazo para substituir o petróleo como fonte primária de energia.
Logo o ponto 4. está em agonia. Não tem capacidade para custear nada.
Depois de 2012, e a manterem-se as condições actuais, o petroleo bruto será usado como perfume...
(certo / errado?)