A fé e o drama ou o drama da fé?
Na Argélia, quatro muçulmanos que se converteram ao catolicismo, foram condenados a penas de prisão e tiveram de negar a presença na missa porque – presume-se –, seria um crime demasiado grave.
No Egipto, apesar da persistência de uma grande comunidade cristã, em certas regiões, a companhia de uma bíblia pode aliviar a alma mas é um risco para a vida.
É arrepiante lembrar do que são capazes os teocratas islâmicas ou o que sucedeu aos cristãos iraquianos depois da invasão decidida pelo bando dos quatro, nos Açores. Estão em vias de extinção.
Em Israel, os judeus de trancinhas à Dama das Camélias e, nos EUA, os protestantes evangélicos cultivam um fundamentalismo belicista com origem na rivalidade da fé.
Esperava-se que a Europa, herdeira do século das luzes e da Revolução Francesa, com a memória das guerras religiosas, renunciasse ao proselitismo e avançasse no processo de secularização iniciado após a Guerra dos 30 Anos mas, pelo contrário, a Europa parece contagiada pelo sectarismo agravado pelo fracasso da civilização árabe e pelo Islão, um plágio do cristianismo, sem influência da cultura helénica e do direito romano.
Às diatribes de Bento XVI contra o ateísmo assistimos, recentemente, às declarações do habitualmente contido patriarca Policarpo, que considerou o ateísmo o «maior drama da humanidade», afirmação excessiva dureza e rara benevolência para com as religiões. É novo considerar o ateísmo um drama maior do que a fome, as doenças, o terrorismo, as guerras, a pobreza, o analfabetismo ou os cataclismos naturais. Um ateu nunca veria nas religiões ou numa corrente filosófica «o maior drama da humanidade», apesar de saber como as primeiras os fomenta(ra)m.
No passado 13 de Maio, o cardeal Saraiva Martins, criador de beatos e santos, presidiu em Fátima à «peregrinação contra o ateísmo na Europa». Sem mais sacrifícios ou orações podia ter incluído os cinco continentes mas, por que motivo a peregrinação foi «contra o ateísmo» e não a favor da fé? É o espírito belicista de um cruzado que ainda corrói a mente do vetusto cardeal da Cúria?
A democracia e o livre-pensamento estão ameaçados pelo proselitismo religioso e o pensamento único. Ignora-se que são crimes a xenofobia, o racismo, o anti-semitismo e qualquer forma de violência ou de discriminação por questões de raça, religião, sexo ou nacionalidade. A fé é um drama antigo que considera o ateísmo o maior de todos.
No Egipto, apesar da persistência de uma grande comunidade cristã, em certas regiões, a companhia de uma bíblia pode aliviar a alma mas é um risco para a vida.
É arrepiante lembrar do que são capazes os teocratas islâmicas ou o que sucedeu aos cristãos iraquianos depois da invasão decidida pelo bando dos quatro, nos Açores. Estão em vias de extinção.
Em Israel, os judeus de trancinhas à Dama das Camélias e, nos EUA, os protestantes evangélicos cultivam um fundamentalismo belicista com origem na rivalidade da fé.
Esperava-se que a Europa, herdeira do século das luzes e da Revolução Francesa, com a memória das guerras religiosas, renunciasse ao proselitismo e avançasse no processo de secularização iniciado após a Guerra dos 30 Anos mas, pelo contrário, a Europa parece contagiada pelo sectarismo agravado pelo fracasso da civilização árabe e pelo Islão, um plágio do cristianismo, sem influência da cultura helénica e do direito romano.
Às diatribes de Bento XVI contra o ateísmo assistimos, recentemente, às declarações do habitualmente contido patriarca Policarpo, que considerou o ateísmo o «maior drama da humanidade», afirmação excessiva dureza e rara benevolência para com as religiões. É novo considerar o ateísmo um drama maior do que a fome, as doenças, o terrorismo, as guerras, a pobreza, o analfabetismo ou os cataclismos naturais. Um ateu nunca veria nas religiões ou numa corrente filosófica «o maior drama da humanidade», apesar de saber como as primeiras os fomenta(ra)m.
No passado 13 de Maio, o cardeal Saraiva Martins, criador de beatos e santos, presidiu em Fátima à «peregrinação contra o ateísmo na Europa». Sem mais sacrifícios ou orações podia ter incluído os cinco continentes mas, por que motivo a peregrinação foi «contra o ateísmo» e não a favor da fé? É o espírito belicista de um cruzado que ainda corrói a mente do vetusto cardeal da Cúria?
A democracia e o livre-pensamento estão ameaçados pelo proselitismo religioso e o pensamento único. Ignora-se que são crimes a xenofobia, o racismo, o anti-semitismo e qualquer forma de violência ou de discriminação por questões de raça, religião, sexo ou nacionalidade. A fé é um drama antigo que considera o ateísmo o maior de todos.
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