A vitória de Manuela Ferreira Leite
A vitória de Manuela Ferreira Leite é a vitória da moderação num partido que entrou em deriva populista e onde a ausência de preparação política nunca foi obstáculo para os mais altos cargos partidários.
O caso de Santana Lopes e, agora, o de Passos Coelho, mostram bem que as claques se viram para quem pareça capaz de conquistar o poder, independentemente de saber o que fazer com ele.
A forma como os congressistas abandonaram Santana Lopes, com aplausos e deserções, é bem a fotografia de um partido onde as ideias e a coerência dão lugar ao oportunismo. Manuela Ferreira Leite não inspira paixões mas pareceu aos congressistas que seria a única capaz de retirar a maioria absoluta a Sócrates e precipitar, no próximo mandato, a sua rápida queda, com uma coligação parlamentar negativa, a provocar novas eleições antecipadas que conduzam Passos Coelho ao poder.
O PCP e o CDS, dois aliados conjunturais, já começaram a dizer que nada distingue o PS do PSD. O PCP tem a seu favor a persistência e o CDS o oportunismo. A intriga do Bloco Central é a cunha de que o CDS precisa para o partido liberal das suas ambições, enquanto o PCP pesca no azedume e desilusão dos socialistas mais cansados e crédulos.
É verdade que a estratégia do PCP o impede de ser poder, o que é pena, mas constitui a única forma de segurar o eleitorado e manter influência nos sindicatos e nas ruas. Já o CDS, em risco de desaparecimento por falta de interesse público, joga a única cartada que o pode manter vivo até à criação do partido por que anseiam os ultraliberais.
Como não é crível que os portugueses embarquem em aventuras extremistas, salvo se o desespero se tornar incontrolável, a luta pelo poder vai continuar a travar-se entre o PS e o PSD, entre Sócrates e Manuela Ferreira Leite, enquanto Cavaco se arrisca a perder o segundo mandato e os caciques do PS e do PSD vêem o espaço de manobra reduzido.
O PCP e o BE já atingiram o máximo das intenções de voto, agora em perigo de queda, vítimas do voto útil e da sua alergia ao poder. Por mais que o papão do Bloco Central se agite os dados já estão lançados e, quanto ao Bloco Central, completamente improvável, pode acontecer que alguém tenha a paciência de explicar que não foi um crime e que o país lhe deve mais do que julgam os que o execram.
O caso de Santana Lopes e, agora, o de Passos Coelho, mostram bem que as claques se viram para quem pareça capaz de conquistar o poder, independentemente de saber o que fazer com ele.
A forma como os congressistas abandonaram Santana Lopes, com aplausos e deserções, é bem a fotografia de um partido onde as ideias e a coerência dão lugar ao oportunismo. Manuela Ferreira Leite não inspira paixões mas pareceu aos congressistas que seria a única capaz de retirar a maioria absoluta a Sócrates e precipitar, no próximo mandato, a sua rápida queda, com uma coligação parlamentar negativa, a provocar novas eleições antecipadas que conduzam Passos Coelho ao poder.
O PCP e o CDS, dois aliados conjunturais, já começaram a dizer que nada distingue o PS do PSD. O PCP tem a seu favor a persistência e o CDS o oportunismo. A intriga do Bloco Central é a cunha de que o CDS precisa para o partido liberal das suas ambições, enquanto o PCP pesca no azedume e desilusão dos socialistas mais cansados e crédulos.
É verdade que a estratégia do PCP o impede de ser poder, o que é pena, mas constitui a única forma de segurar o eleitorado e manter influência nos sindicatos e nas ruas. Já o CDS, em risco de desaparecimento por falta de interesse público, joga a única cartada que o pode manter vivo até à criação do partido por que anseiam os ultraliberais.
Como não é crível que os portugueses embarquem em aventuras extremistas, salvo se o desespero se tornar incontrolável, a luta pelo poder vai continuar a travar-se entre o PS e o PSD, entre Sócrates e Manuela Ferreira Leite, enquanto Cavaco se arrisca a perder o segundo mandato e os caciques do PS e do PSD vêem o espaço de manobra reduzido.
O PCP e o BE já atingiram o máximo das intenções de voto, agora em perigo de queda, vítimas do voto útil e da sua alergia ao poder. Por mais que o papão do Bloco Central se agite os dados já estão lançados e, quanto ao Bloco Central, completamente improvável, pode acontecer que alguém tenha a paciência de explicar que não foi um crime e que o país lhe deve mais do que julgam os que o execram.
Comentários
"O PCP e o BE já atingiram o máximo das intenções de voto, agora em perigo de queda, vítimas do voto útil e da sua alergia ao poder."...
Esta convicção, revela que a governação socialista já provocou uma significativa depredação de votos para esta área (PCP e BE).
Nada indica que a política socialista vai mudar. Aliás a parte final do ciclo do governo - a manterem-se as previsões pessimistas que nos prejudicam a tdos - eleitoralmente, se não favorecer Manuela Ferreira Leite, este cescontentamento só poderá ser capaitalizado à Esquerda.
Estamos ainda longe de uma relativo estabilidade do eleitorado.
E a grande prova disso são as recentes alterações directivas do PSD.