Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
É, julgo que, para o compensar de uma canina fidelidade a Sócrates e defender a ala direita do PS, secretário nacional do PS para as relações Internacionais.
Quando alguém como Alegre ou outros identificados com a ala histórica ou de esquerda fala ou faz qualquer coisa , soltam-lhe aquela língua viperina e colocam-lhe o microfone à frente.
Pois bem. José Lello, foi hoje eleito por unanimidade, em Bruxelas, presidente da Assembleia Parlamentar da NATO.
Portanto, os melhores , ou os competentes aos bons cargos, ou a Direita do PS parasitando (ele gosta desta palavra) os bons cargos internacionais.
Os democratas deste Mundo aguardam, ansiosamente, que a NATO se associe ao Parlamnto Europeu para esclarecer o tenebroso caso dos voos da CIA.
E, uma pergunta: Nos Açores Lello foi ao lançamento do livro de Manuel Alegre?
O PS deve mais a Manuel Alegre do que Manuel Alegre deve ao PS. Já Lello, sem o PS, não seria ninguém.
È caso para perguntar: "onde estava José Lello no 25 de Abril"?
nas suas alegres posições ultimas,
de não querer de deixar seu proganismo "milionário"- do "seu" milhão de votos"-,
com uma fraseologia facil, demagógico, semi-irresponsável,
face ao concreto, dificil, da situação real do País, de quase bancarota em todos os indicadores respectivos.
Quando assim é,
quando tomamos a nebulosidade por chuva, e o desejo por realidade
quando nos comprazemos a antecipar cataclismos, em vez de tentar serenamente evitá-los,
e se, combatê-los
isso dá neste país encantado
em que, estranhamente, o futebol é aquilo que mais nos une
a luta, meus senhores, continua...