A obsessão do Vaticano em introduzir uma referência confessional na Constituição Europeia acaba, ironicamente, por ser assimilada pelo Tratado de Lisboa.
É visível a recuperação do mito cristão da Ressurreição por parte dos governantes dos principais países europeus. Pretendem ressuscitar o Tratado que os eleitores irlandeses fizeram cadáver.
O sonho de oferecer às gerações vindouras uma união de pátrias, onde todos se sentassem à mesma mesa, como iguais entre iguais, para poderem decidir em comum o que a todos dizia respeito, foi esmagado pela prepotência dos que só vêem na Europa Unitária um mero passo para a instalação de um Governo Global, obviamente totalitário e intolerante a qualquer outra corrente de pensamento.
«Agora, com pena o digo, não tenho qualquer dúvida que [Marcelo Rebelo de Sousa] vai ficar na História como o pior presidente de todos». (Lida no blogue Causa Nossa, Vital Moreira)
Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
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