Lembro-me de Portugal assim

O atual chefe de Estado do Zimbabue, Robert Mugabe, que já tem assegurada a vitória no segundo turno das eleições presidenciais em que apenas ele era candidato, não vai esperar o fim das apurações e deve prestar juramento neste domingo como presidente, informaram as fontes governamentais em Harare.

Comentários

e-pá! disse…
Com tanta pressa, vai escorregar e cair!

É o trajecto histórico dos ditadores e dos homens sem honra, nem dignidade.
É a podridão do Poder.

O grave é que, pelo caminho, deixam as ruas juncadas de cadávares...

Onde estás TPI?
Camarelli disse…
É uma ractificação à moda Europeia...
Matarbustos:

Os dirigentes europeus a que se refere foram eleitos democraticamente e arriscam, com as suas decisões legítimas, o resultado das próximas eleições.

Outros houve, talvez mais do seu agrado, que não resistiram aos ventos da liberdade.
Parlamento aprova voto de condenação pela crise no Zimbabué

O Parlamento aprovou hoje com os votos favoráveis do PS, PSD, CDS-PP, BE e PEV e a abstenção dos comunistas um voto de condenação pela situação no Zimbabué, a que também se associou o Governo.
«O que se passa no Zimbabué é uma escandalosa e gravíssima violação das liberdades fundamentais», afirmou o líder do CDS-PP, Paulo Portas, durante a discussão do voto de condenação apresentado pela sua bancada parlamentar.

Corroborando as palavras de Paulo Portas, o deputado do PS Vera Jardim considerou a situação no Zimbabué como «um caso extremo de poder despótico e cego, violador dos mais elementares direitos».

«O PSD vota favoravelmente este voto e junta a sua voz à onda de indignação pela situação que se espalha pelo mundo», afirmou por sua vez o deputado social-democrata José Cesário, considerando igualmente que está em causa no Zimbabué «os mais elementares direitos».

Pelo BE, o deputado José Moura Soeiro classificou a situação que se vive naquele país como «preocupante para qualquer pessoa que preze e democracia».

«Não há condições mínimas para a democracia», sublinhou.




Como era de esperar, o PCP absteve-se na condenação de Mugabe. É nestas ocasiões que se revela a concepção de "democracia" do PC.
Camarelli disse…
Caro Carlos Esperança:

Esses dirigentes europeus não foram eleitos para aprovar um tratado constitucional que eles não escreveram nem é certo que tenham lido.

Não leia nas minhas palavras qualquer tipo de defesa a Mugabe, pelo contrário, acho perfeito o paralelismo entre a reacção de um face a um resultado eleitoral desfavorável e a reacção dos outros perante o resultado indesejado num referendo.

Ambas as situações são igualmente condenáveis. Mas enquanto a do Zimbabué é previsível e não me afecta por aí além, a situação europeia -- de grave atropelo da vontade dos povos que a compõem ao ponto de se usar a ameaça de secessão sobre um dos estados membros --, essa sim é que me aflige.

Estou-me nas tintas para o Mugabe e para o seu opositor, que devem ser farinha do mesmo saco mas de grão diferente.

Convido-o a ir espreitar a manobra mais recente desse grande democrata que é o sr. Alvaro Uribe, presidente-paramilitar da Colômbia. Por muito menos chamaram ditador a outros dirigentes mais do meu agrado.

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