Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Este é o primeiro abalo das "trapalhadas" sobre a privatização da REN, sob a batuta de José Penedos, incontrolável entusiasta da sua privatização.
Mais, resta-nos a esperança de que aconstrução do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL), traga contenção nesta área.
Neste momento, diria que este País vive sob uma "esquizofrenia energética" (electricidade e hidrocarbonetos) cuja feroz terapêutica fiscal e construção de preços, será capaz de nos pôr de rastos.
Esperemos que a audição proposta pelo deputado Candal, em nome do PS, ponham cobro a este desvario.
É necessário recuperar sensibilidade política com tradução visível e benéfica no carenciado sector social.
À primeira vista parece que a ERSE transformou-se, para os portugueses, num organismo vocacionado para a especulação...
A ERSE não é virgem em episódios como este.
Lembram-se?