Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Este é o primeiro abalo das "trapalhadas" sobre a privatização da REN, sob a batuta de José Penedos, incontrolável entusiasta da sua privatização.
Mais, resta-nos a esperança de que aconstrução do Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL), traga contenção nesta área.
Neste momento, diria que este País vive sob uma "esquizofrenia energética" (electricidade e hidrocarbonetos) cuja feroz terapêutica fiscal e construção de preços, será capaz de nos pôr de rastos.
Esperemos que a audição proposta pelo deputado Candal, em nome do PS, ponham cobro a este desvario.
É necessário recuperar sensibilidade política com tradução visível e benéfica no carenciado sector social.
À primeira vista parece que a ERSE transformou-se, para os portugueses, num organismo vocacionado para a especulação...
A ERSE não é virgem em episódios como este.
Lembram-se?